Te amo meu amor.
sábado, 16 de junho de 2012
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Harmonia Sexual
O bom relacionamento sexual na vida do casal é de fundamental
importância para a sua harmonia.
A primeira necessidade é conhecer o sentido da vida sexual no plano de
Deus. O sexo tem duas dimensões na vida conjugal: unitiva e procriativa.
A dimensão unitiva significa que o sexo é um meio de unidade do casal.
Mais do que nunca é no relacionamento sexual que eles se tornam
uma só carne . São Paulo lembra aoscoríntios o perigo do pecado
da fornicação, exatamente porque, como diz, aquele que se ajunta a
uma prostituta se torna um só corpo com ela.
Está escrito: Os dois serão uma só carne (Gen 2,24).
O ato sexual, para o casal, é a mais intensa manifestação do seu amor;
é a celebração do amor no nível afetivo e sensitivo. Portanto, não pode
haver sexo sem profundo amor. Ele só pode ser vivido no casamento,
porque só no casamento existe um compromisso de vida para toda a vida,
e a responsabilidade de assumir as suas consequências, especialmente os filhos.
O que faz do sexo algo perigoso e desordenado, é exatamente o seu uso fora
de uma realidade de manifestação de amor. Se tirarmos o amor, o sexo se
transforma em mera prostituição: sexo sem amor, sem compromisso.
Aquele que usa da prostituta não tem responsabilidade sobre ela;
não importa se amanhã ela estará doente, desempregada, passando fome,
ou morrendo de AIDS. Foi apenas um instrumento de prazer,
que foi alugado por alguns instantes. É o grande desvirtuamento
de uma das realidades mais lindas criadas por Deus.
Se ao criar todas as coisas, ´Deus viu que tudo era bom´(Gen 1,10),
também o sexo, já que foi feito com a bela finalidade de gerar a vida
e unir os esposos. Se ele fosse sujo, em si mesmo, a criança não poderia
ser tão bela e inocente. Nossos filhos vieram ao mundo porque tivemos
relações sexuais. Deus, na Sua sabedoria, quis assim; quis que no auge
da celebração do amor do casal, o filho fosse gerado, para que este não
fosse apenas ´carne da carne dos pais´, mas ´amor do seu amor´.
A Igreja sempre viu com olhos claros esta realidade. São Paulo,
há vinte séculos já dava orientação segura aos fiéis de Corinto, sobre isto:
O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma
forma também a esposa o cumpra para com o marido. A mulher
não pode dispor de seu corpo: ele pertence a seu marido. E da mesma
forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa.
Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo,
para vos aplicardes à oração; e depois retornais um para o outro, para que
não vos tente Satanás por vossa incontinência´ (1 Cor 7, 3´5).
Com essas orientações o Apóstolo mostra a legitimidade da vida sexual
no casamento, e até pede que os casais não se abstenham dela por
muito tempo. ´Não vos recuseis um ao outro´, ele diz ; e pede que
cada um ´cumpra o seu dever´ para com o outro.
Como não ver nestas palavras do Apóstolo, um pedido aos cônjuges,
para que satisfaçam as legítimas aspirações do outro? É claro que a luz
a guiar esterelacionamento há de ser sempre o amor e nunca o egoísmo,
haverá épocasna vida do casal, que a relação sexual será impossível,
quando a esposa está grávida, já próximo de dar à luz, após o parto,
quando passa por uma cirurgia, etc. Nessas ocasiões, e em muitas outras,
por bom senso, mas também por caridade para com a esposa, o esposo há
de respeitá-la.
Lembro´me de que quando a minha esposa ficou grávida de nosso
terceiro filho, logo no início da gravidez teve uma ameaça de aborto.
A primeira coisa que o médico nos mandou foi suspender as relações sexuais
de imediato; e isto foi durante toda a gravidez. Só por amor, e com a
graça de Deus que o casal recebe pelo sacramento do matrimônio,
é possível superar isto. São as exigências do amor.
O fato do sexo ser legítimo no
casamento, e só no casamento, não quer dizer que nele vale tudo como se diz.
Não somos animais irracionais; aliás, nem os animais irracionais fazem
estrepolias em termos de sexo. Ao contrário, são extremamente naturais.
A moral católica se rege pela ´lei natural´, que Deus colocou no mundo e
no coração do homem. Aquilo que não está de acordo com a natureza,
não está de acordo com a moral. Será que, por exemplo, o sexo oral ou
anal estão de acordo com a natureza? Certamente não.
O Catecismo da Igreja nos ensina o seguinte:
Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são
honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente
humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual
os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido´
(CIC, 2362; GS, 49).
Em discurso proferido em 29/10/1951, o Papa Pio XII disse palavras
esclarecedoras sobre a vida sexual dos casais:
O próprio Criador... estabeleceu que nesta função (i.é, de
geração) os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito.
Portanto, os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer e
em gozá´lo.
Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo, os esposos devem saber
manter´se nos limites de uma moderação justa´ (CIC, 2362).
Tenho ouvido esposas que se queixam dos maridos que as obrigam a fazer o
que elas não querem e não aceitam no ato sexual. Neste caso, será uma
violência obrigá´las a isto.
Aquilo que cada um aceita, dentro das características psicológicas de cada um,
não sendo uma violência à lei natural, pode ser vivido com liberdade pelo casal.
É legítimo que o esposo prepare a esposa para que haja o que se chama
harmonia sexual; isto é, ambos atingirem juntos o orgasmo. O esposo deve
se guiar exatamente pela orientação da esposa, que saberá mostrar´lhe
naturalmente o que ela precisa para chegar ao orgasmo com ele.
Não é fácil muitas vezes o
ajustamento sexual do casal; e às vezes leva´se anos para que ele aconteça.
Também aí há de haver a paciência e a bondade de um para com o outro, para
ajudá´lo a superar as suas dificuldades. Já acompanhei casais que levaram meses
para conseguir realizar a primeira relação sexual. As vezes, os condicionamentos
do passado, especialmente para a mulher, geram essas situações. Aí então, mais
do que nunca, é preciso fé, paciência e oração. Mas tudo se resolve, se houver
esses ingredientes.
Em tudo o homem é diferente da mulher; Deus nos fez
assim, exatamente para que pudéssemos, ricamente, nos complementar e
enriquecer mutuamente. Também no sexo somos diferentes. O homem é
muito mais ativo.
Normalmente é ele que procura a mulher.
Alguém disse que em termos de
sexo o homem é como um fogão a gás, enquanto a mulher é como um
fogão a lenha. É fácil e rápido acender um fogão a gás; basta ter gás e uma centelha.
Mas não é tão fácil acender um fogão a lenha. É preciso começar pondo fogo
nos pequenos gravetos, lentamente, até que o fogo se acenda. É assim a natureza
sexual da mulher.
Ao preparar a esposa para o ato sexual, no que se chama de
prelúdio, ele deve ser mestre. Deve fazê´lo com a mesma maestria que as nossas
avós acendiam todos os dias o fogão a lenha. Se houver pressa ou imperícia, ou
negligência, o fogo não acende. Está entendendo?
Isto tudo também é
amor.
Certa vez li um livro escrito por um casal de psicólogos
americanos, que trabalhou muitos anos com terapia conjugal, o casal Bird. Entre
muitas outras coisas interessantes, eles afirmavam que nos Estados Unidos, a
maioria das mulheres não tinha satisfação na vida sexual e, muitas vezes, iam
aos consultórios dos psiquiatras dizer que eram doentes, etc. Na verdade, não se
tratava de mulheres doentes, mas de esposas que não chegaram ao ajustamento
conjugal, porque não tiveram certamente a cooperação adequada dos maridos.
É uma questão de educação sexual.
Uma coisa que os homens precisam compreender
muito bem é que a mulher tem muito menos necessidade sexual do que o
homem; e, como disse João Mohana, ela oferece sexo para receber amor,
enquanto o homem oferece amor para receber sexo. Para a mulher, o
que conta é o amor; o romance, as palavras doces... e muitas vezes os homens
não entendem isto.
Para conseguir chegar ao orgasmo, a mulher precisa ser verdadeiramente
amada, respeitada, valorizada, protegida, etc, pelo seu esposo; mais do que
entregar´lhe o corpo, ela tem que entregar´lhe o coração. O ato sexual
para ela não começa na cama, mas no café da manhã, no beijo da despedida
quando ele sai para o serviço, no telefonema que ele deu durante o dia, naquela
rosa, etc.
Há marido que ofende a esposa o dia todo, e durante a noite quer ter uma
doce relação com ela; ora , isto é impossível. Não se esqueça que o sexo é
manifestação de amor. Como manifestar o amor, se ele não existe? Como
unir bem os corpos se os corações não estão unidos?
Ao falar da sexualidade no casamento, o Catecismo afirma exatamente isto:
A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com
os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é em absoluto algo puramente
biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal.
Ela só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integral do
amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o
outro até a morte.´ (CIC, 2361; FC,11).
Há esposo que não se preocupa com a satisfação da esposa no ato
conjugal; e, uma vez satisfeito, vira para o lado e dorme. Muitas vezes esta
situação vai ficando insuportável para a esposa; e esta, tantas vezes, começa a
se negar ao ato sexual. Com mil desculpas começa a dizer ´hoje não, estou
cansada, tenho dor de cabeça´, etc. Já ouvi muitas mulheres dizerem que não
suportavam mais ´aquilo´... Quando esta situação se agrava, para muitos
maridos, surge a tentação de procurar a satisfação fora de casa; e aí tudo
começa a se complicar.
Portanto, marido e mulher precisam se esforçar, fazendo cada
um o que é necessário para que o casal atinja a harmonia sexual desejada e
necessária. De um lado o marido precisa se satisfazer com a própria esposa,
até mesmo para superar as tentações e seduções do mundo. De outro lado,
ele precisa ajudá´la a superar as dificuldades apresentadas acima, afim de
que a vida sexual não se torne um tormento para ela.
Especialmente no nosso mundo de hoje, cheio de sexo explícito a infernizar
a vida dos homens, a esposa não pode se negar ao ato sexual, sem razões.
Por causa disso, muitos maridos acabaram nos braços de outras mulheres.
Certa vez um esposo me disse que tinha perdido a atração sexual por
sua esposa, e estava angustiado. Perguntei´lhe se sentia atração pelas
outras mulheres. A resposta foi rápida: ´ah, sim!´ Então foi fácil dar´lhe
a receita que precisava; disse´lhe: ´deixe de olhar para as
outras mulheres, em quaisquer situações, e a atração pela sua esposa
voltará naturalmente´. Também aqui, a fidelidade conjugal é
garantia de felicidade no casamento.
Se nós homens nos policiarmos, e não nos permitirmos, de
forma alguma, olhar as outras mulheres com desejos, nem assistir
filmes pornográficos, e coisas parecidas, então, nos bastará a satisfação
legítima do
ato conjugal com nossas esposas. Infelizmente muitos maridos se
permitem entrar no mundo das fantasias perigosas e proibidas,
e depois não querem mais saber das suas esposas. Onde está o
compromisso do matrimônio? Onde está o amor à família?
Onde está a maturidade? Não se esqueça que quem brinca
com fogo acaba se queimando; e que é a ocasião que muitas
vezes faz o ladrão. Sabemos que ´aquilo que os olhos não vêem,
o coração não sente.
Vigiai e orai, porque o espírito é forte, mas a carne é fraca.
Para impedir o adultério, de fato, é preciso impedir antes o
adultério de coração. Todo aquele que lançar um olhar de cobiça
para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração´ (Mt 5,28).
Se os homens não cometessem esse pecado, não perderiam a
atração por suas próprias esposas.
O Apóstolo nos lembra a seriedade do matrimônio:
Vós todos considerai o matrimônio com respeito, e conservai
o leito conjugal imaculado, porque Deus julgará os impuros e
os adúlteros (Hb 13,4).
Gostaria aqui de dizer uma palavra aos jovens que se preparam
para o casamento. A Igreja, com a sua sabedoria divina, e com sua
bondade de mãe, nos ensina que o sexo só deve ser vivido no casamento,
porque somente alí ele é verdadeiramente um instrumento do amor e
da procriação, de maneira séria e responsável.
É claro que viver isto, é para o jovem muito difícil nos
dias atuais, onde o sexo é comercializado de inúmeras formas,
e oferecido de mil maneiras absurdas. No entanto, mais do que nunca hoje,
com a força da graça de
Deus, é preciso viver a castidade e a virgindade, pois esta será a melhor
maneira de você se preparar, como Deus quer, para o seu casamento.
Este é o grande desafio para o jovem cristão hoje. O poeta Paul Claudel
disse certa vez que: a juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio.
Um jovem que se preparou para o casamento, guardando a
castidade e a virgindade, preparou se para ser fiel ao outro no casamento.
E será abençoado por Deus, porque cumpriu a Sua santa vontade.
É hoje um desafio, um santo e heróico desafio, que Deus oferece
àqueles que forem dignos do nome de cristãos. Ainda que os amigos
não entendam, ainda que o namorado te abandone, vale a pena
guardar o seu corpo, que é templo do Espírito Santo, para viver
o sexo somente no casamento, segundo o plano de Deus.
Ninguém é mais feliz do que aquele que
faz a vontade de Deus e obedece Suas Leis.
Jovem que lê estas páginas,
se você quiser construir um belo lar, então comece a construir
você em primeiro lugar. E construir´se é, antes de tudo, dominar´se,
controlar as paixões desordenadas que guerreiam em nossos membros.
Elas podem ser dominadas com o auxílio da graça de Deus.
Mais do que ninguém, o grande Agostinho viveu isto e pôde nos ensinar
que: ´o que é impossível à natureza, é possível à graça de Deus.
Por isso, aproxime se de Deus e da sua graça. Receba regularmente
os sacramentos, reze o Rosário da Mãe da pureza, encontre se
frequentemente com Jesus na Eucaristia, pois Ele é o Remédio e o
Sustento da nossa alma. E você vencerá. Sua família será bela e seus
filhos serão felizes ao seu lado. A luta mais gloriosa que já travei na
minha vida toda foi esta: guardar a castidade até
o casamento; não foi fácil; foi preciso muita convicção, fé, orações, e até
lágrimas, mas tudo compensou. Colho hoje a alegria nos filhos.
Fora do casamento o sexo só traz problemas e misérias: doenças venéreas,
abortos, crimes sexuais, filhos abandonados, órfãos de pais vivos, mães e
pais solteiros, milhões de jovens adolescentes grávidas e sem a mínima
condição de criarem os seus filhos...O que serão dessas crianças mais
tarde? Drogados? Assassinos?
Ladrões?... Tudo pode acontecer com uma criança que é criada sem receber a
educação dos pais.
Podemos dizer, sem medo de errar, que a miséria de
nossa sociedade tem o seu fundamento na sua miséria moral.
Porque ela abandona a lei de Deus, pagando por isso um preço incomensurável.
Medite nessas palavras, e viva as:
Felizes os que temem o Senhor,
Os que andam em seus caminhos.
Poderás viver, então, do trabalho de suas mãos,
Serás feliz e terás bem estar.
Tua mulher será em teu lar
Como uma vinha fecunda.
Teus filhos em torno à tua mesa serão
Como brotos de oliveira.
Assim será abençoado aquele Que
teme o Senhor´ (Sl 127,14).
Aqueles que cumprem a Lei de Deus, são verdadeiramente felizes e
constroem famílias fortes. Vejamos o que Deus disse a
Moisés sobre a felicidade que acompanha os que vivem os
Seus mandamentos:
Se obedeceres fielmente à voz do Senhor, teu Deus, praticando
cuidadosamente todos os seus mandamentos que hoje te prescrevo,
o Senhor, teu Deus, elevar te á acima de todas as nações da terra.
Estas são as bênçãos que virão sobre ti, e te tocarão se obedeceres a
voz do Senhor, teu Deus. Serás bendito na cidade e bendito nos campos.
Será bendito o fruto de tuas
entranhas, o fruto de teu solo, o fruto de teu gado, as crias de tuas
vacas e de tuas ovelhas; benditas serão a tua cesta e a tua amassadeira.
Serás bendito quando entrares e bendito quando saires. O Senhor
expulsará diante de ti todos os inimigos que te atacarem...
O Senhor mandará que a benção esteja
contigo, em teus celeiros e em tuas obras, e te abençoará na terra
que há de dar o Senhor teu Deus. O Senhor te confirmará como um
povo consagrado a Ele, como te jurou, contanto que observes suas
ordens e andes pelos seus caminhos. (Deut. 28,1´14)
Esta é a grande felicidade que Deus promete a todos aqueles que
são fiéis aos seus ensinamentos, guardados e ensinados pela Igreja,
por mandato de Cristo.
Do livro ´ FAMÍLIA, SANTUÁRIO DA VIDA´ ´
Prof. Felipe Aquino
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Somos livres para recusar os dons de Deus
As formas de Deus agir, sempre manifestadas quando Ele se revela, são diferentes do jeito de ser da pessoa humana. O Seu projeto passa a constituir-se como proposta para o nosso proceder. As respostas que damos a Ele devem ser de forma consciente e livre.
As pessoas têm plena liberdade para atender o chamado feito pelo Senhor. Elas devem dizer um "sim" que realmente seja "sim", com autenticidade e coração livre. Muitos trocam seu "sim" pelo "não", deixando de realizar o bem como primeira proposta assumida.
Somos livres para recusar os dons de Deus, podendo até agir de forma contrária, evidenciando nosso orgulho próprio. Foi o que aconteceu com o filho que disse “sim” e acabou realizando o “não”, contrariando a vontade de seu pai.
Pelo nosso livre-arbítrio, podemos escolher fazer o bem ou o mal. Tendo feito a escolha, somos também capazes de mudar de rumo. Isso é sinal de que temos limitações e nunca estamos prontos e totalmente certos sobre o caminho que devemos percorrer.
Diante de tudo isso, o seguimento do caminho do Senhor supõe frequente revisão de vida. É um processo de conversão constante, de discernimento sobre o que seja melhor a ser realizado, e que traga consequências realmente positivas para o bem comum.
Para agir bem é preciso afastar de nós a arrogância e o egoísmo, porque eles ameaçam a convivência e criam privilégios. Com isso deixamos de ser servos. A prática da humildade faz a diferença na construção de uma comunidade fraterna e humana.
Nos caminhos do Senhor temos que evitar uma prática religiosa intimista, que tem um olhar voltado para Deus sem dar importância ao irmão com quem convivemos. É o perigo da prática vertical sem dimensão horizontal da fé, sendo ação apenas subjetiva. Assim caímos facilmente na ideologia da prosperidade, muito falada hoje, de olhar para si mesmo sem dar conta de que os caminhos do Senhor passam pela vida de comunidade. Deus quer nosso trabalho e luta para conquistarmos os bens necessários de sobrevivência.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto
terça-feira, 28 de junho de 2011
A proteção dos Anjos da Guarda
Os anjos são servidores e mensageiros de Deus, porque contemplam constantemente a face de Deus que esta nos céus.
A presença deles nas Escrituras, é muito clara, e é uma verdade de fé. Estão presente desde a criação, e ao longo de toda a Historia da Salvação, anunciando de longe ou de perto esta salvação e servindo ao desígnio divino da sua realização , como nos diz o Catecismo da Igreja (p 87)
A vida da Igreja se beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos.
Desde a infância, até a morte, a vida humana é cercada pela sua proteção e pela sua intercessão. Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida.
Os santos são testemunhos desta verdade. Em suas narrações sempre estão presentes estas Criaturas sobrenaturais, como nos narra Pe.Pio, São D.Bosco, São Martinho de Poris, e tantos outros. Emmir, Coor.Fundadora da Comunidade Católica Shalom em seu livro, “Anjos nossos de cada dia”, narra fatos concretos acontecido com ela por meio do Anjo da Guarda.
Se prestarmos atenção, como fizeram os santos, veremos coisas inacreditáveis acontecendo conosco, no dia a dia, e muitas vezes não nos damos conta que é o nosso anjo da guarda agindo. Gostaria muito de poder citar vários fatos ocorridos com pessoas que se encontraram em situações difíceis e diante delas, viram e sentiram a presença destas criaturas celestes vindo em seu auxílio. Como não é possível, cito aqui três casos, dois deles acontecido comigo.
Uma amiga, hoje ministra da Eucaristia na Igreja do Cristo Rei, de Fortaleza-CE, chamada Josefa, me contou, que uma vez foi levar Eucaristia, para uma pessoa doente.
“Eram 8h da noite, estava só, e dirigia o seu carro. No caminho foi atingida por uma fortíssima chuva, quase impedindo de dirigir. Passando por um lugar sem asfalto e um pouco deserto, o carro atolou-se. Ao seu redor não havia ninguém, só mato, e a uma certa distância uma academia. Diante dessa situação um pouco preocupante, mesmo porque trazia consigo o próprio Cristo, viu que a melhor coisa a fazer era pedir socorro e proteção ao próprio Cristo, fazendo-o assim imediatamente. Foi quando de repente sentiu que o seu carro estava sendo erguido, e olhando pelos vidros embaçados do carro, viu em cada extremidade do carro um homem, vestidos de brancos com a faixa amarrada na cintura, erguendo o carro do atolamento.
De onde surgiu esses homens? Perguntava ela. E não se continha de felicidade, pensando que talvez fossem rapazes da academia, que vendo-a teriam tido compaixão e ido ao seu socorro.
Ela pensou em agradecer essas gentis pessoas, mas não conseguia mais vê-los, pois a chuva impedia. Assim da mesma forma que apareceram, também desapareceram. E agradecendo a Deus ela seguiu o seu caminho.
Ai eu pergunto: Quem numa chuva desta ia ver de longe um carro atolado no meio do mato e ido ao encontro para ajudar?
“O Céu que envia os seus anjos.”
Pude muitas vezes observar e contemplar esses acontecimentos em minha vida, que edificou mais a minha fé nestas Criaturas.
“Um deles aconteceu comigo há uns três anos atrás quando fui chamada a encontrar urgentemente minha mãe, que estava muito mal, já a beira da morte, na cidade de Uberlândia –MG
Precisei sair de Brasília de ônibus a meia noite do dia 30 de dezembro para chegar as 5h da manhã.
Nesse dia senti que Jesus me preparava para alguma coisa que iria me acontecer, e rezando eu escutava fortemente a sua voz no interior do meu coração dizendo; “Tenha confiança, não tenha medo. Eu estou com você”
Eu me perguntava: o que vai acontecer? Será que não encontrarei mais minha mãe viva? Mas resolvi entregar tudo a Ele e viajar.
Entrando no ônibus percebi que a minha companheira de poltrona, era uma senhora bem idosa, e estava sempre rezando. No cansaço que me encontrava adormeci, acordando a poucos km de Uberlândia, com o ônibus sendo assaltado por três rapazes encapuzados.
No momento lembrei-me daquela voz que me falava através da Palavra de Deus: “Não tenha medo, confia em Mim, eu estou com você”, e me senti tranquila, mesmo diante daquele quadro assustador; enquanto a minha companheira sobriamente, rezava mais intensamente.
Eles, armados, foram mandando que jogássemos tudo o que tínhamos no corredor do ônibus, e dois iam de cadeira em cadeira verificando se tínhamos obedecido e nos ameaçando.
E por incrível que pareça, quando chegaram perto da cadeira onde me encontrava com a senhora, eles pareciam não nos ver, e seguiram.
Adiante com suas ameaças. A minha companheira estava com sua bolsa debaixo dos pés, e do jeito que estava continuou.
A mim parecia viver mais um dos filmes dramáticos de Hollywood, na certeza de que Deus estava comigo e Ele não ia deixar nada grave acontecer.
Para resumir, aqueles foram momentos curtos mas que pareceram longos deixando todas as pessoas tensas e até com um pouco de pânico. Eles carregaram tudo de todos que estavam dentro do ônibus, menos a minha bolsa e da senhora. Foi inacreditável!! E eu me perguntava: Quem é esta senhora, que de certa forma com suas orações parecia me proteger, e proteger todos os passageiros de algo pior? Depois de um ano, ouvi no noticiário que um ônibus teria sido assaltado no mesmo lugar, e jogado no precipício.
Seria meu anjo da guarda em forma humana? Poderia ter sido sim, como poderia ter sido um anjo da terra, guiado pelo nosso anjo da guarda a interceder.”
“Outro fato, foi na posse de D.Claudio em S.Paulo. Sai de Aparecida ,calculando chegar em Santo Amaro as 20 h para participar das celebrações no dia seguinte.
Mas aconteceu que calculei errado e já tarde da noite, ainda me encontrava dentro do ônibus que dirigia para este bairro.
Não sabendo direito onde descer, dei as referências ao trocador pedindo que ele me avisasse quando chegasse no local.
Aconteceu que ele esqueceu, e passou do ponto onde eu deveria descer, parando bem mais distante, em um lugar estranho, cheio de matagal, enfrente a um motel . Isto depois das 23h e no meio de uma forte neblina. Estremeci-me toda, me vendo por algum tempo cheia de pavor.
Ainda bem que a poucos metros tinha uma churrascaria ou um restaurante, não me recordo bem, com muita gente e barulho.
Entrei lá desnorteada para telefonar, mas com o barulho não consegui entender nada. Informei-me da parada do ônibus com alguém que ali estava, e me foi apontando para um jovem que estava esperando um ônibus a alguns metros do local.
Dirigir-me apressadamente para lá. Tudo me apavorava, aquela situação parecia me engolir pelo medo. Perguntei a esse jovem sobre o ônibus que eu deveria tomar, e pedia a Deus que ele não saísse dali antes de mim.
O jovem serenamente me explicou tudo como eu deveria fazer e aonde descer, e depois acrescentou: “veja, ai vem o seu ônibus, vá.” Eu mal poderia enxergar naquela neblina o ônibus que se aproximava. Senti uma alegria, uma gratidão e paz brotando no meu coração. Já não mais em mim existia aquele pavor, mesmo sabendo que poderia ainda encontrar outros desafios mais para frente.
Já quase meia noite, desci na minha parada, em meio a algumas pessoas estranhas. Estas me ajudaram emprestando o celular para eu ligar para os meus irmãos virem me pegar. Tudo terminou na paz.
Aquele jovem foi meu anjo da guarda. Rezo constantemente para ele, pedindo a sua proteção.”
Obrigada meu Anjo da Guarda
Janua Pinheiro
Missionária da Comunidade Católica Shalom em Fortaleza/CE
Retirado do Site da Comunidade Shalom
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