segunda-feira, 15 de abril de 2013

O Caminho Neocatecumenal sai as praças de Brasília para evangelizar no Ano da Fé

Com motivo do Ano da Fé inaugurado
pelo papa Bento XVI no último 11 de
outubro, o Caminho Neocatecumenal
organiza a grande missão «Ano da Fé», que consiste em sair à rua para
evangelizar em mais de 10.000 praças
disseminadas pelo mundo inteiro.

Seguindo a proposta do Ano da Fé de
“intensificar o testemunho da
caridade”, o Caminho Neocatecumenal evangeliza nas ruas e praças durante os domingos de Páscoa (7, 14, 21 e 28 abril, e 5 maio). No Brasil, grupos de fiéis de diversas
paróquias, junto aos seus sacerdotes e
com o respaldo dos bispos,
evangelizam em mais de 350 praças de
oitenta dioceses.

Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de
Brasília, tem encorajado aos membros
do Caminho nesse contributo na
evangelização com motivo do Ano da
Fé. Na Arquidiocese de Brasília, os
encontros acontecem em várias praças e locais do Distrito Federal.

Confira na seguinte lista:
1. Rodoviária de Brasília às 10 h.
2. Eixão do Lazer, Asa Norte Qd
108/109 às 10 h.
3. Estacionamento do Estádio
Agostinho Lima, em Sobradinho às
09:30 h.
4. Praça Central, em Paranoá às
10 h.
5. Praça da Bíblia, em Paranoá às
15 h.
6. Praça 49, em Itapoá às 10 h.
7. Praça do Relógio, em
Taguatinga às 15 h.
8. Praça da Arniqueira, em
Águas Claras às 16 h.
9. Praça da Quadra 6/8, em
Águas Claras às 15 h.
10. Estacionamento ao lado
Praça de Esporte (Residencial Santos
Dumond), em Santa Maria às 10h30 h.
11. Quadra 40/42 (em frente ao
mercado Pessoa), em M Norte –
Taguatinga às 9 h.
12. Quadra 38/40 (em frente ao
mercado Centro Oeste), em M Norte
– Taguatinga às 9 h.
13. Quadra 36/38 (em frente ao
Mercado Martinez), em M Norte –
Taguatinga às 9 h.
14. Praça do Birimbal - QNL 28,
em M Norte – Taguatinga às 10 h.
15. Praça da QNL 5/7, em
Taguatinga Norte às 9 h.
16. Praça do Supermercado Tókio
– Setor QNH, em Taguatinga Norte às
10 h.
17. Quadra 317 (ao lado do
supermercado Ponto Alto), Santa
Maria às 10h.
18. EQ 417/517 (em frente ao
Supermercado Silva), Santa Maria às
15h30 h.
19. Quadra 2/4 Norte (atrás do
Santuário Menino Jesus de Praga), em
Brazlândia às 15 h.
20. Praça da QSF 02, em
Taguatinga Sul às 15 h.
21. Avenida P3 (em frente ao
supermercado Veneza), em Ceilândia
– P Sul às 15h.
22. Avenida P 2 (em frente ao
Supercei), em Ceilândia – P Sul às 15
h.
23. Em frente à Paróquia N. Sra.
do Perpétuo Socorro, em Lago Azul
(GO) às 10h.
24. Praça da Quadra 503, em
Samambaia Sul às 15 h.
25. Praça da Quadra 407, em
Samambaia Norte às 15 h.
26. Praça da EQNP 24, em
Ceilândia às 16 h.
27. Praça da Quadra 300 (em
frente ao Tatico), em Recanto das
Emas às 10 h.
28. Praça da EQNM 8/10, em
Ceilândia às 15 h.
29. Av. Recanto das Emas,
quadra 103 (em frente ao Giraffas),
em Recanto das Emas às 15 h.
30. EQNM 21/23
(estacionamento em frente à Paróquia
Santo Antônio), em Ceilândia às 9 h.
31. Praça da Vila Matias, em
Taguatinga Sul às 15 h.
32. Praça da QSF 02, em
Taguatinga Sul às 9 h.
33. QN 14 – Quadra de Esportes,
em Riacho Fundo II às 15 h.

Desse modo, o Caminho oferece o seu
contributo para o anúncio do querigma neste Ano da Fé. Nos locais já demarcados para os encontros pascais, um grupo de 150 irmãos das
comunidades neocatecumenais se
reúne nos domingos citados sempre no
mesmo local e horário.

Alguns cantos preparam o ambiente
para chamar as pessoas que estão
passando naquele local. Depois tem
alguns testemunhos de jovens dando a
experiência da fé em suas vidas.
Imediatamente depois um catequista
dá uma catequese e o anúncio do
querigma para todos aqueles que estão
presentes, finalizando com uma oração e um canto à Virgem Maria.

Os encontros são realizados tendo por
base os seguintes assuntos:

1º Encontro (7 de abril): Quem é
Deus para Você? Você acredita em
Deus? Por quê? Você experimentou
na sua vida que Deus existe? Você
sentiu a sua ajuda?

2º Encontro (14 de abril): Quem
é você? Por que você vive? Qual é o
sentido da sua vida? Você é feliz?

3º Encontro (21 de abril): O
anúncio do Kerigma.

4º Encontro (28 de abril): O
Kerigma nas Sagradas Escrituras.

5º Encontro (5 de maio): O que é
a Igreja? Qual é a sua experiência da
Igreja? Você gostaria de ser ajudado
por uma comunidade cristã?

Após estes encontros, se algumas
pessoas quiserem continuar, serão
encaminhadas às paróquias onde
continuarão as catequeses para jovens
e adultos que selarão o querigma
recebido.

Fonte: Arquidiocese de Brasília (Assessoria de Comunicação do
Caminho Neocatecumenal)

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O seu desejo é a sua oração

“Meu coração grita e geme
de dor” (Sl 37,9). Há gemidos
ocultos que não são ouvidos
pelos homens. Contudo, se o
coração está possuído por tão
ardente desejo que a ferida
interior do homem se
manifesta em sons externos,
procuramos a causa e
dizemos a nós mesmos: talvez
ele tenha razão de gemer e,
talvez, lhe tenha sucedido
algo. Mas quem pode
compreender esses gemidos,
senão aquele a cujos olhos e
ouvidos eles se dirigem? Por
isso diz: “Meu coração grita
e geme de dor”, porque os
homens, se ouvem, às vezes,
os gemidos de um homem,
ouvem, frequentemente, os
gemidos da carne; mas não
ouvem o que geme em seu
coração.

E quem seria capaz de
compreender por que grita?
Escuta o que diz: “Diante de
vós está todo o meu
desejo” (Sl 37,10). Não
diante dos homens, que não
podem ver o coração, mas
diante de vós está todo o meu
desejo. Se, pois, o teu desejo
está diante do Pai, Ele, que
vê o que está oculto, o
recompensará.

O seu desejo é a dua oração;
se o desejo é contínuo,
também a oração é contínua.
Não foi em vão que o
Apóstolo disse: “Orai sem
cessar” (1Ts 5,17). Será
preciso ter sempre os joelhos
em terra, o corpo prostrado,
as mãos levantadas, para que
ele nos diga: “Orai sem
cessar”. Se é isto que
chamamos orar, não creio
que possamos fazê-lo sem
cessar.

Há outra oração interior e
contínua: é o desejo. Ainda
que faças qualquer outra
coisa, se desejas aquele
repouso do Sábado eterno,
não cessas de orar. Se não
queres cessar de orar, não
cesses de desejar.
Se teu desejo é contínuo, a
tua voz é contínua. Ficarás
calado, se deixares de amar.
Quais são os que se calaram?
Aqueles de quem foi dito: “A
maldade se espalhará tanto,
que o amor de muitos
esfriará” (Mt 24,12).

O arrefecimento da caridade
é o silêncio do coração; o
fervor da caridade é o
clamor do coração. Se tua
caridade permanece sempre,
clamas sempre; se clamas
sempre, desejas sempre; se
desejas, tu te recordas do
repouso eterno.

“Diante de vós está todo o
meu desejo”. Se o desejo está
diante de Deus, o gemido não
estará? Como poderia ser
assim, se o gemido é a
expressão do desejo?
Por isso o salmista continua:
“Meu gemido não vos é
oculto” (Sl 37,10). Não é
oculto para Deus, mas o é
para a multidão dos homens.
Ouve-se, por vezes, um
humilde servo de Deus dizer:
“Meu gemido não voa, é
oculto” e vê-se também esse
servo sorrir. Será por que o
desejo está morto em seu
coração? Se o desejo
permanece, também
permanece o gemido; este
nem sempre chega aos
ouvidos dos homens, mas
nunca está longe dos ouvidos
de Deus.

Santo Agosinho, Bispo e
Doutor da Igreja
(Extraído do livro “Alimento
sólido”)

terça-feira, 9 de abril de 2013

Os filhos nos educam

Os pais são educados
mediante a educação dos
filhos. A razão é muito
simples: ninguém pode
ensinar o bem sem vivê-lo;
não dá para falar em
honestidade para o filho, sem
praticar esta virtude; e assim
por diante.

Não só na exigência da
prática das virtudes para
poder bem educar, mas
também em muitas outras
coisas somos educados
enquanto educamos, e assim,
a família se torna, também
para os pais, um educandário.

Ao educar os filhos você vai
notar que nem sempre tudo
sai bem, como a gente quer,
então somos obrigados a
exercitar a paciência, a
tolerância, a bondade, etc.
Muitas vezes aprenderemos
que é preciso esperar e ter
fé. Aprendemos que o
trabalho em equipe é
melhor, que a perseverança
foi fundamental para
resolver aquele problema.

Certa vez um dos nossos
filhos, com apenas oito anos
de idade nos deu uma grande
lição, sem dizer nada. Era
nosso costume rezar o Terço
com eles desde pequenos; e
um dia, antes da oração, eu
lhes contei que algumas
pessoas rezavam o Terço em
cruz, isto é, com os braços
abertos e na horizontal,
como penitência. Contei isto
sem pretensão alguma de que
eles o fizessem. Mas qual não
foi a nossa surpresa quando o
menino nos disse: “pois eu
hoje vou rezar o Terço em
cruz!”. E ficou com os braços
abertos por mais de vinte
minutos até que tudo
terminasse.

Por mais que eu insistisse
com ele que já estava bom,
que podia baixar os braços,
não o consegui convencer.
Fiquei abismado! Aprendi a
respeitar mais a criança.
Outra vez tive que passar
uma noite em claro no
hospital com um deles com
uma crise aguda de
bronquite. Quanta coisa se
aprende quando se passa uma
noite em claro em um
hospital...

Quantas lições de caridade,
bondade, meiguice, pureza,
naturalidade,
espontaneidade, as crianças
nos dão. Não é à toa que
Jesus disse que para entrar no
Reino dos céus temos que nos
“tornar crianças”.
Elas nos dão grandes lições:
não se preocupam com o dia
de amanhã, vivem
intensamente o presente,
confiam em alguém com
todo o coração, não se dão ao
luxo e aos caprichos dos
adultos. Não fazem
discriminação de pessoas e se
adaptam com facilidade a
qualquer lugar.
Aprenda com os filhos.

(Trecho extraído do livro
“Educar pela conquista e
pela fé”)

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Sexualidade, linguagem do amor

Na sexualidade se acham
implicadas todas as
dimensões do ser humano.
Conhecer a pessoa humana
em sua globalidade é definir
também a sua sexualidade
dentro de uma antropologia
cristã. A moral cristã busca, a
partir de uma antropologia
cristã, conhecer e
aprofundar-se no que diz
respeito à sexualidade, com o
objetivo de apresentar uma
proposta de comportamento
humano de acordo com a
exigência de sua vocação
humana (o chamado de Deus
para viver a sexualidade
conforme os valores do Reino
de Deus, dentro do amor
conjugal) que seja integrado,
humano e humanizador.

O critério da integração
autêntica de todo o sexual e,
portanto, da vida sexual
verdadeiramente humana, é
o amor conjugal, na medida
em que a sexualidade é
mediação configuradora
desse amor.

O amor conjugal refere-se a
algo já preestabelecido, pois
fundamentalmente o homem
está destinado à mulher e a
mulher ao homem. São seres
que se complementam. A
sexualidade é a inscrição, na
própria carne e em todo o
ser, de que os indivíduos não
foram feitos para viverem
isolados. É a expressão da
linguagem de amor mútuo,
por isso mesmo não pode ser
considerada simplesmente
um instinto fisiológico.

A pessoa humana se realiza
no relacionamento
responsável e de amor. Por
ser um modo de aproximação
do outro, ela pode ajudar a
promover o desenvolvimento
da personalidade ou bloqueá-
lo. Pode, portanto, em alguns
casos, criar conflitos em vez
de aproximação.

A felicidade é um objeto
constantemente buscado pelo
homem. Não importa o que
faça, todas as suas ações
estão destinadas ao encontro
da felicidade. Para que isso
se realize de fato, o homem
precisa enfrentar o desafio
de educar a sua própria
sexualidade, encontrar um
modo de domínio sobre ela.

A plenitude pessoal
alcançada pela sexualidade
só pode acontecer na vida
matrimonial, pois a
sexualidade é a expressão do
nosso modo de amar. Por ser
algo de tão grande valor e
dignidade, a sua
desintegração (a sexualidade
quando não é uma resposta
ao chamado de Deus, voltada
para a prostituição, estupro,
pedofilia) pode ser
destruidora.

Padre Mário Marcelo Coelho,
scj
(Extraído do livro
“Sexualidade, o que os jovens
sabem e pensam...” )

sexta-feira, 5 de abril de 2013

O que é a sadia convivência?

Faz parte do carisma da
Comunidade Canção Nova
uma regra de vida muito
importante: homens e
mulheres vivendo, juntos, em
sadia convivência. Mas o que
é isso? É viver com
naturalidade e sinceridade os
nossos relacionamentos - o
termo "sadio" é antônimo de
"doente".

Hoje, vivemos numa
sociedade doente, marcada
pela pornografia, pela
malícia nos relacionamentos,
pelas brincadeiras
inconvenientes, e tudo isso
conduz para o sensual. Mas
quando vivemos de forma
sadia, tudo isso precisa ser
eliminado. A Palavra de Deus
nos diz: “Não vos conformeis
com este mundo” (cf. Rm
12,2)

“A imoralidade sexual e
qualquer espécie de impureza
ou cobiça nem sequer sejam
mencionadas entre vós, como
convém aos santos. Nada de
palavrões ou conversas tolas,
nem de piadas de mau gosto:
são coisas inconvenientes;
entregai-vos, antes, à ação
de graças. Pois, ficai bem
certos: nenhum libertino ou
impuro ou ganancioso - que é
um idólatra - tem herança no
reino de Cristo e de
Deus” (Ef 5,3-5).

Tenho a graça de relacionar-
me bem com minhas irmãs e
com meus irmãos de
comunidade, e isso tem sido
para mim motivo de
realização pessoal, pois eu
era uma pessoa tímida,
introvertida, mas a nossa
sadia convivência curou
também o meu
temperamento, a minha
forma de lidar com as
pessoas.

Hoje, aconselho muitos
jovens e luto com eles na
busca da cura dos seus
afetos. Uma coisa está ligada
à outra, não podendo,
portanto, separar o afetivo
do sexual, sabendo que em
Deus buscamos o equilíbrio.
A comunidade nos ajuda a
buscar a santidade, ela nos
impulsiona a sermos santos.
Se você busca esses
propósitos, ressurge, no
coração, o desejo de
corresponder, buscando uma
vida íntegra e equilibrada.
“Filho, pecaste? Não tornes
a fazê-lo; e suplica pelas
faltas passadas, para que te
sejam perdoadas. Foge dos
pecados como de uma cobra:
se deles te aproximares, te
morderão” (Eclo21,1-2).

Há pessoas que, com a boa
intenção de ajudar o outro,
começam a se aproximar dele
sem conhecer suas
fragilidades. O resultado, no
entanto, pode ser desastroso,
porque, em vez de ajudar,
acabam provocando
sentimentos que prejudicam
a vida do outro. É
maravilhoso perceber essa
preocupação de São Pedro:
“Vociferando discursos
pomposos e vazios, aliciam
nas paixões carnais e na
libertinagem aqueles que há
pouco escaparam dos que
vivem no erro. Prometem-
lhes a liberdade, enquanto
eles mesmos continuam
escravos da corrupção. Pois
cada um é escravo de quem o
domina” (2Pd 2,18-19).

Dom Bosco dizia que para
salvar os jovens ele iria até
as últimas consequências,
mas era preciso ser prudente.
Há confusão quando não há
maturidade.
Temos um modelo na nossa
comunidade: Padre Jonas
Abib, o qual atingiu a
maturidade na sua
sexualidade. Assim como
Paulo diz às comunidades:
“Sede meus imitadores”, o
meu fundador também diz:
“Sejam meus imitadores,
meus filhos”. Mas é preciso
construir um caminho de
luta, de sacrifício, de esforço,
dedicação e zelo. Porém, se
você busca a castidade, mas
não consegue se desvencilhar
dos filmes pornográficos e
das sessões de piadas, como
ser curado?

A Igreja nos ensina que o
diabo não entra na nossa
vontade, ele apenas age de
acordo com nossas sensações,
nossos impulsos; ele percebe
que houve uma brecha
naquele determinado lugar e
entra. Dentro de você
precisa haver uma disposição
interior para fechar todas as
brechas.
Somente conseguiremos ser
homens profundamente
curados na nossa afetividade
e sexualidade pelo poder do
Espírito Santo. A cada dia,
peçamos esta graça para que
sejamos homens curados e
plenos do amor de Deus.

Padre Edimilson Lopes -
Comunidade Canção Nova
(Trecho extraído do livro "A
cura da nossa afetividade e
sexualidade")

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Tenha sempre tempo para os seus filhos

Os pais perdem os seus filhos de muitas maneiras, uma
delas é não tendo tempo para
eles. Trabalham, trabalham,
trabalham... No tempo
escasso que lhes sobram, não
podem estar com os filhos,
porque precisam descansar e
fazer "outras coisas".
Ora, educar os filhos é uma
tarefa que exige "estar com
eles". É preciso de tempo; e
tempo, convenhamos, é uma
questão de prioridade e
escolha. Se você não acha
tempo para o seu filho,
entenda, é porque ele não é
importante para você.

É acompanhando os
pequenos, no dia a dia, que
temos a oportunidade de
corrigi-los. Os pais precisam
participar da vida de seus
herdeiros, para que eles se
sintam valorizados e amados.
Precisam saber o que eles
estão estudando, como estão
indo na escola, que
problemas enfrentam. A
principal carência dos nossos
jovens, hoje, é a falta de
amor dos pais, que se
manifesta na sua ausência e
omissão.
Os filhos crescem rápido;
não mais do que 18 anos e
eles já estão se separando de
nós para viver a própria vida.
O que não foi feito na hora
certa, não poderá ser feito
depois.
Viva com o seu filho, viva no
meio dele, conheça seus
amigos, procure saber aonde
ele vai, com quem está.
Convide-o a trazer seus
amigos para a sua casa.
Participe amigavelmente de
sua vida.

(Trecho extraído do livro
"Educar pela conquista e pela
fé" de professor Felipe
Aquino)

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A FONTE DA JUVENTUDE

No dia 8 de dezembro de
1965, no final do Concílio
Vaticano II, entre as
mensagens dirigidas a vários
segmentos da sociedade, o
Papa Paulo VI pensou
também na juventude: «É a
vocês, rapazes e moças de
todo o mundo, que o Concílio
quer dirigir a sua última
mensagem. São vocês que
tomarão o facho das mãos de
seus antepassados e viverão
no mundo, nas
transformações mais
gigantescas de sua história.
São vocês que, recolhendo o
melhor do exemplo e do
ensinamento de seus pais e
mestres, constituirão a
sociedade de amanhã: vocês
se salvarão ou perecerão com
ela. Em nome de Deus e de
seu Filho Jesus os exorto a
alargar seus corações a todo
o mundo, a escutar o apelo
de seus irmãos e a pôr
corajosamente as suas
energias juvenis ao serviço
deles. Lutem contra o
egoísmo. Recusem-se a
fomentar os instintos da
violência e do ódio, que
geram as guerras e o seu
cortejo de misérias. Sejam
generosos, puros,
respeitadores, sinceros.

Construam com entusiasmo
um mundo melhor que o dos
seus antepassados!».
Não sei se, felizmente ou
infelizmente, entre os jovens
daquela época estava
também eu. A minha dúvida
nasce do exame de
consciência que as palavras
de Paulo VI me obrigam a
fazer. Ante a situação que
descortino em minha frente,
posso afirmar que trabalhei
para “construir um mundo
melhor que o de meus
antepassados”? Três anos
depois, em 1968, inúmeros
países assistiram a um
levante geral da juventude.
No afã de exigir mudanças –
que eram e continuam sendo
necessárias – muitos jovens
questionaram princípios e
valores e imprimiram um
novo rumo à humanidade.
Parece-me difícil avaliar
imparcial e corretamente
esse “novo rumo”, a meu ver
uma verdadeira mudança de
época cultural na história.
Mas, já que perguntar não
ofende, pode-se dizer, em sã
consciência, que hoje há
mais respeito, mais
tolerância, mais justiça, mais
paz, mais fraternidade do
que em 1968? Para mim,
uma coisa é certa: sem
conversão pessoal, o “mundo
que queremos” não passa de
palavras bonitas...

Muito oportuna, portanto, a
decisão da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil
em dar à Campanha da
Fraternidade de 2013 como
tema a juventude e como
lema a generosidade de
Isaías: “Eis-me aqui! Envia-
me!” (Is 6,8). Por ser amor,
Deus é sempre jovem. Por
isso, quanto mais perto dele
alguém se mantiver pelo
amor, mais bela, profunda e
duradoura será a sua
juventude. Mais do que uma
fase da vida, ela é um estado
de espírito. Há jovens que são
velhos. Deixando-se arrastar
pelo materialismo, tentam
preencher seu vazio
espiritual e psíquico com
miragens que lhes tiram a
esperança, as forças e o
rumo. «Onde estão os nossos
jovens?», foi a pergunta que
muitos se fizeram no dia 27
de janeiro de 2013, após o
incêndio numa boate de
Santa Maria, que vitimou
quase 250 deles.
Para os jovens que acreditam
que Deus tem sobre eles e
sobre a humanidade um
projeto de amor, o caminho a
seguir foi magistralmente
traçado há dois mil anos pelo
apóstolo João, o discípulo
que mais entendeu o coração
de Jesus: «Eu lhes escrevo,
jovens, porque vocês são
fortes, porque a Palavra de
Deus permanece em vocês e
vocês venceram o Maligno.

Não amem o mundo nem o
que há no mundo. Se alguém
ama o mundo, o amor do Pai
não está nele. Pois tudo o
que o mundo oferece – a
satisfação dos instintos, a
ânsia de brilhar e o apego à
riqueza – não vem do Pai,
mas do mundo. O mundo
passa com seus desejos
insaciáveis. Mas quem faz a
vontade de Deus permanece
para sempre» (1Jo 2,14-17).
É desde a mais remota
antiguidade que se procura a
fonte da juventude, a fonte
da alegria, a fonte da beleza,
a fonte do amor, a fonte da
vida. Graças a Deus, ela
existe: foi aberta no domingo
da Páscoa. «Fazendo-se
pecado» (2Cor 5,21), Jesus
tirou a força do pecado.
«Fazendo-se maldição» (Gl
3,13), transformou a
maldição em bênção. Se só se
salva o que se assume, é
preciso morrer para viver.
Quanto mais morte, mais
vida: «Quem pretende salvar
a vida, vai perdê-la. Mas
quem a perde por causa de
mim, vai encontrá-la» (Mt
16,25). Se «uma só coisa é
necessária», o que importa é
«escolher sempre a melhor
parte» (Lc 10,42). E ela
pertence a quem repete com
a vida: “Eis-me aqui! Envia-
me!” (Is 6,8). Somente assim
poder-se-á «construir um
mundo melhor que o dos
antepassados!». Inútil tentar
outro caminho!

Dom Redovino Rizzardo, cs
Bispo de Dourados (MS)

A vitória da vida

"Cristo ressuscitou, aleluia,
venceu a morte com amor,
Aleluia! Tendo vencido a
morte, o Senhor ficará para
sempre entre nós, para
manter viva a chama do
amor que reside em cada
cristão a caminho do Pai.
Tendo vencido a morte, o
Senhor nos abriu
horizonte feliz, pois nosso
peregrinar pela face do
mundo terá seu final lá na
casa do Pai". Ressoa o canto
transbordante de felicidade
nos lábios dos fiéis que
celebram a Páscoa de Cristo.
Preparados pela Mãe Igreja,
chegamos às celebrações
pascais, nas quais se
proclama e se experimenta a
vitória de Jesus Cristo sobre
o pecado, a tristeza e a
morte. A vida não é um beco
sem saída, mas fomos feitos
para experimentar a plena
comunhão com Deus e uns
com os outros!

O acontecimento da Morte e
Ressurreição de Jesus Cristo
está na raiz da vida dos
cristãos. Ser cristão significa
ser enxertado na realidade
sobrenatural do mistério
pascal de Cristo. Ser não
cristão é, simplesmente,
desconhecer ou desconectar-
se de modo consciente ou
inconsciente, da realidade
salvífica da Páscoa. A vida
nova que brota do Cristo
Ressuscitado é o mais
importante para os cristãos,
já que um mundo novo
começou com Ele, tudo se
fez realmente novo e a
morte não tem mais a última
palavra.
Nossa oração, as opções de
vida que fazemos, a
participação nos
Sacramentos, tudo tem sua
origem e aval de
autenticidade na Páscoa de
Cristo. Por isso nos reunimos
para celebrar a Páscoa neste
final de semana: na Quinta-
feira Santa, a Páscoa da
Ceia; na Sexta-feira Santa, a
Páscoa da Cruz; de Sábado
para Domingo, a Páscoa da
Ressurreição. Não fazemos
uma comemoração qualquer,
mas se torna presente a única
realidade do Cristo que
passou da morte à vida, e
somos chamados a participar
com Ele da morte ao homem
"velho" para viver o homem
"novo", no dizer do Apóstolo
São Paulo.

Tudo na Igreja celebra a
vitória de Cristo! Na Quinta-
feira Santa, vence o amor, o
espírito de serviço humilde
ao próximo do lava-pés e o
memorial permanente do
Cristo vivo, a Eucaristia. A
Sexta-feira Santa se celebra
com paramentos vermelhos,
o rubro do sangue, do fogo,
coragem, martírio: a morte
de Jesus é celebrada em sua
grandeza infinita, porque se
entregou por nós e em nosso
lugar, para que vença a vida!
Na Vigília Pascal e no
Domingo de Páscoa a luz de
Cristo vence as trevas. Nela
nascem para a vida no
Batismo os Catecúmenos e
nós participamos da
experiência dos que o
encontraram por primeiro,
Maria Madalena, Pedro e
João, os peregrinos de Emaús
ou os Apóstolos reunidos. Não
temos outra coisa a oferecer
a não ser dizer, com a mesma
pregação dos primeiros
cristãos, que Cristo morreu,
Cristo Ressuscitou, Cristo há
de voltar, Cristo é o Senhor!
Em nós existe a certeza de
que tal anúncio traz consigo
a força e o poder de salvação
para todos os homens e
mulheres de todos os tempos,
e que, fora de Jesus Cristo,
não existe esperança e
sentido para a vida!

O Cristo ressuscitado está
presente na Palavra do
Evangelho que é anunciada.
Quem a acolhe experimenta
a transformação profunda de
sua existência. Ouvir e viver
sua Palavra é fonte de vida
eterna. Não se trata de uma
"mágica", mas transformação
profunda, a partir de dentro!
Que na Páscoa mais ouvidos
e corações se abram para o
anúncio do Evangelho.
O Cristo ressuscitado está
presente nos irmãos e irmãs,
especialmente nos mais
pobres. Misteriosamente, sua
vitória acontece quando as
mãos se abrem para a
caridade, tanto que, desde os
primórdios da Igreja, a
partilha dos bens é sinal
seguro da autenticidade da
vida cristã. Em Cristo e com
Cristo são vencidas as
desigualdades e a injustiça.
Venham homens e mulheres
de todas as raças e povos
para a festa da fraternidade.
O Cristo ressuscitado está no
meio de nós, quando nos
reunimos em seu nome.
Sabemos que dois ou mais
reunidos na caridade e em
nome de Cristo trazem
consigo a potência
transformadora do mundo em
que vivemos. A sede de nosso
tempo é de relacionamentos
autênticos e sinceros,
convivência transparente que
atrai mais do que muitas
palavras. Renovem-se as
Comunidades de Igreja e a
Páscoa de Cristo suscite nova
e verdadeira capacidade para
estabelecer laços. Ninguém
passe em vão ao nosso lado.

O Cristo ressuscitado é
portador da Paz. Aos seus
temerosos discípulos se
apresentou com os sinais da
crucifixão, trazendo-lhes
este dom precioso. Paz, poder
para levar o perdão e a
misericórdia, envio
missionário e o sopro do
Espírito Santo. Tudo o que a
Igreja e os cristãos precisam
já estava ali! Na Páscoa que
celebramos neste ano, muitas
portas fechadas sejam
ultrapassadas pelo
Ressuscitado, para que sua
vitória vença as tristezas e os
medos do nosso tempo.
Venham todos ao Cenáculo
do Domingo de Páscoa! Ele
está disponível na Igreja,
cujas portas querem estar
escancaradas. Da Páscoa de
Cristo para frente, nada é
impossível, pois a vitória que
vence o mundo é a nossa Fé
no Ressuscitado!

O Cristo ressuscitado está
presente na Eucaristia.
Enquanto esperamos a sua
vinda gloriosa na final dos
tempos, é em torno do Altar
da Eucaristia que se
manifesta a exuberância de
sua presença. Desde o
princípio, Ele é reconhecido
na fração do Pão, o primeiro
nome da celebração
eucarística. Na Santa Missa
damos graças, ouvimos a
Palavra, Ele está no meio da
Comunidade Reunida, os
pobres e os pecadores são
acolhidos e o Senhor se faz
sustento, na Sagrada
Comunhão. Por isso, para
nós, celebrar a Páscoa é
achegar-nos à Assembleia
Eucarística, onde Cristo se
encontra! Venham, pois,
todos os que se encontram
distantes e dispersos, para
celebrar a festa da vida!
Aleluia!

Fonte: Canção Nova

Os sinais da Páscoa

Páscoa significa "passagem"
ou agradecimento por um
caminho de libertação
percorrido. Já no Antigo
Testamento, isso estava
muito presente na vida do
Povo de Deus. A Páscoa era
sinalizada por diversas
passagens: da Caldeia para
Canaã, daí para o Egito e do
Egito para a Terra
Prometida, atravessando o
Mar Vermelho e o deserto.
Todas foram marcas de
libertação.

Hoje, o grande sinal da
Páscoa é a ressurreição de
Jesus Cristo, o milagre da
vida, realizando a grande
aliança de Deus com seu
povo, sinalizando a passagem
do Antigo para o Novo
Testamento. Após a morte de
Cristo e Seu sepultamento, os
discípulos encontraram o
sepulcro vazio, sinal “ainda
duvidoso” de ressurreição, a
qual foi confirmada, mais
tarde, com as aparições,
tornando-se fonte de fé para
os cristãos.

Para entender os sinais do
mistério da ressurreição é
preciso acompanhar os
primeiros tempos da Igreja. É
fundamental compreender a
Sagrada Escritura para
entender o fato da morte
gerar vida. Não é necessário
ver para crer, mas o amor
conduz o discípulo a ter fé no
Cristo ressuscitado.
As cenas da Semana Santa
continuam acontecendo
ainda hoje. Elas reavivam em
nós o caminho da Paixão de
Cristo e nos lembram dos
sofrimentos de tantas pessoas
nas diversas faixas etárias e
situações do momento. Além
da pobreza vivida por muitos,
temos as doenças, a violência
no trânsito, as afrontas à vida
etc.

Os sinais da ressurreição
estão presentes na sociedade
hodierna. Eles podem ser
vistos naqueles que
conseguem vencer na vida,
saindo de uma situação de
sofrimento para uma vida
mais saudável. Isto acontece
tanto na condição física
como também na via
espiritual, no caminho de
encontro com Jesus Cristo e
na convivência comunitária.
Quem faz a experiência da
ressurreição, na prática da
vida cristã, deve ter uma
nova conduta de vida e
passar a olhar e cuidar
também das coisas do alto,
sobrenaturais e dimensões
divinas. Digo isso, porque
nossa vida é regida pela
vitória de Cristo na cruz.
Desejo uma Feliz Páscoa
para todos os leitores!

Dom Paulo M. Peixoto -
Arcebispo de Uberaba (MG)