quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Harmonia Sexual


O bom relacionamento sexual na vida do casal é de fundamental

importância para a sua harmonia.



A primeira necessidade é conhecer o sentido da vida sexual no plano de

Deus. O sexo tem duas dimensões na vida conjugal: unitiva e procriativa.





A dimensão unitiva significa que o sexo é um meio de unidade do casal.

Mais do que nunca é no relacionamento sexual que eles se tornam

uma só carne . São Paulo lembra aoscoríntios o perigo do pecado

da fornicação, exatamente porque, como diz, aquele que se ajunta a

uma prostituta se torna um só corpo com ela.





Está escrito: Os dois serão uma só carne (Gen 2,24).



O ato sexual, para o casal, é a mais intensa manifestação do seu amor;

é a celebração do amor no nível afetivo e sensitivo. Portanto, não pode

haver sexo sem profundo amor. Ele só pode ser vivido no casamento,

porque só no casamento existe um compromisso de vida para toda a vida,

e a responsabilidade de assumir as suas consequências, especialmente os filhos.



O que faz do sexo algo perigoso e desordenado, é exatamente o seu uso fora

de uma realidade de manifestação de amor. Se tirarmos o amor, o sexo se

transforma em mera prostituição: sexo sem amor, sem compromisso.

Aquele que usa da prostituta não tem responsabilidade sobre ela;

não importa se amanhã ela estará doente, desempregada, passando fome,

ou morrendo de AIDS. Foi apenas um instrumento de prazer,

que foi alugado por alguns instantes. É o grande desvirtuamento

de uma das realidades mais lindas criadas por Deus.



Se ao criar todas as coisas, ´Deus viu que tudo era bom´(Gen 1,10),

também o sexo, já que foi feito com a bela finalidade de gerar a vida

e unir os esposos. Se ele fosse sujo, em si mesmo, a criança não poderia

ser tão bela e inocente. Nossos filhos vieram ao mundo porque tivemos

relações sexuais. Deus, na Sua sabedoria, quis assim; quis que no auge

da celebração do amor do casal, o filho fosse gerado, para que este não

fosse apenas ´carne da carne dos pais´, mas ´amor do seu amor´.



A Igreja sempre viu com olhos claros esta realidade. São Paulo,

há vinte séculos já dava orientação segura aos fiéis de Corinto, sobre isto:



O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma

forma também a esposa o cumpra para com o marido. A mulher

não pode dispor de seu corpo: ele pertence a seu marido. E da mesma

forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa.

Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo,

para vos aplicardes à oração; e depois retornais um para o outro, para que

não vos tente Satanás por vossa incontinência´ (1 Cor 7, 3´5).



Com essas orientações o Apóstolo mostra a legitimidade da vida sexual

no casamento, e até pede que os casais não se abstenham dela por

muito tempo. ´Não vos recuseis um ao outro´, ele diz ; e pede que

cada um ´cumpra o seu dever´ para com o outro.



Como não ver nestas palavras do Apóstolo, um pedido aos cônjuges,

para que satisfaçam as legítimas aspirações do outro? É claro que a luz

a guiar esterelacionamento há de ser sempre o amor e nunca o egoísmo,

haverá épocasna vida do casal, que a relação sexual será impossível,

quando a esposa está grávida, já próximo de dar à luz, após o parto,

quando passa por uma cirurgia, etc. Nessas ocasiões, e em muitas outras,

por bom senso, mas também por caridade para com a esposa, o esposo há

de respeitá-la.



Lembro´me de que quando a minha esposa ficou grávida de nosso

terceiro filho, logo no início da gravidez teve uma ameaça de aborto.

A primeira coisa que o médico nos mandou foi suspender as relações sexuais

de imediato; e isto foi durante toda a gravidez. Só por amor, e com a

graça de Deus que o casal recebe pelo sacramento do matrimônio,

é possível superar isto. São as exigências do amor.



O fato do sexo ser legítimo no

casamento, e só no casamento, não quer dizer que nele vale tudo como se diz.

Não somos animais irracionais; aliás, nem os animais irracionais fazem

estrepolias em termos de sexo. Ao contrário, são extremamente naturais.



A moral católica se rege pela ´lei natural´, que Deus colocou no mundo e

no coração do homem. Aquilo que não está de acordo com a natureza,

não está de acordo com a moral. Será que, por exemplo, o sexo oral ou

anal estão de acordo com a natureza? Certamente não.



O Catecismo da Igreja nos ensina o seguinte:





Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são

honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente

humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual

os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido´

(CIC, 2362; GS, 49).



Em discurso proferido em 29/10/1951, o Papa Pio XII disse palavras

esclarecedoras sobre a vida sexual dos casais:



O próprio Criador... estabeleceu que nesta função (i.é, de

geração) os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito.

Portanto, os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer e

em gozá´lo.



Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo, os esposos devem saber

manter´se nos limites de uma moderação justa´ (CIC, 2362).



Tenho ouvido esposas que se queixam dos maridos que as obrigam a fazer o

que elas não querem e não aceitam no ato sexual. Neste caso, será uma

violência obrigá´las a isto.



Aquilo que cada um aceita, dentro das características psicológicas de cada um,

não sendo uma violência à lei natural, pode ser vivido com liberdade pelo casal.



É legítimo que o esposo prepare a esposa para que haja o que se chama

harmonia sexual; isto é, ambos atingirem juntos o orgasmo. O esposo deve

se guiar exatamente pela orientação da esposa, que saberá mostrar´lhe

naturalmente o que ela precisa para chegar ao orgasmo com ele.



Não é fácil muitas vezes o

ajustamento sexual do casal; e às vezes leva´se anos para que ele aconteça.



Também aí há de haver a paciência e a bondade de um para com o outro, para

ajudá´lo a superar as suas dificuldades. Já acompanhei casais que levaram meses

para conseguir realizar a primeira relação sexual. As vezes, os condicionamentos

do passado, especialmente para a mulher, geram essas situações. Aí então, mais

do que nunca, é preciso fé, paciência e oração. Mas tudo se resolve, se houver

esses ingredientes.



Em tudo o homem é diferente da mulher; Deus nos fez

assim, exatamente para que pudéssemos, ricamente, nos complementar e

enriquecer mutuamente. Também no sexo somos diferentes. O homem é

muito mais ativo.



Normalmente é ele que procura a mulher.

Alguém disse que em termos de

sexo o homem é como um fogão a gás, enquanto a mulher é como um

fogão a lenha. É fácil e rápido acender um fogão a gás; basta ter gás e uma centelha.

Mas não é tão fácil acender um fogão a lenha. É preciso começar pondo fogo

nos pequenos gravetos, lentamente, até que o fogo se acenda. É assim a natureza

sexual da mulher.



Ao preparar a esposa para o ato sexual, no que se chama de

prelúdio, ele deve ser mestre. Deve fazê´lo com a mesma maestria que as nossas

avós acendiam todos os dias o fogão a lenha. Se houver pressa ou imperícia, ou

negligência, o fogo não acende. Está entendendo?

Isto tudo também é

amor.



Certa vez li um livro escrito por um casal de psicólogos

americanos, que trabalhou muitos anos com terapia conjugal, o casal Bird. Entre

muitas outras coisas interessantes, eles afirmavam que nos Estados Unidos, a

maioria das mulheres não tinha satisfação na vida sexual e, muitas vezes, iam

aos consultórios dos psiquiatras dizer que eram doentes, etc. Na verdade, não se

tratava de mulheres doentes, mas de esposas que não chegaram ao ajustamento

conjugal, porque não tiveram certamente a cooperação adequada dos maridos.

É uma questão de educação sexual.



Uma coisa que os homens precisam compreender

muito bem é que a mulher tem muito menos necessidade sexual do que o

homem; e, como disse João Mohana, ela oferece sexo para receber amor,

enquanto o homem oferece amor para receber sexo. Para a mulher, o

que conta é o amor; o romance, as palavras doces... e muitas vezes os homens

não entendem isto.



Para conseguir chegar ao orgasmo, a mulher precisa ser verdadeiramente

amada, respeitada, valorizada, protegida, etc, pelo seu esposo; mais do que

entregar´lhe o corpo, ela tem que entregar´lhe o coração. O ato sexual

para ela não começa na cama, mas no café da manhã, no beijo da despedida

quando ele sai para o serviço, no telefonema que ele deu durante o dia, naquela

rosa, etc.



Há marido que ofende a esposa o dia todo, e durante a noite quer ter uma

doce relação com ela; ora , isto é impossível. Não se esqueça que o sexo é

manifestação de amor. Como manifestar o amor, se ele não existe? Como

unir bem os corpos se os corações não estão unidos?

Ao falar da sexualidade no casamento, o Catecismo afirma exatamente isto:



A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com

os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é em absoluto algo puramente

biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal.

Ela só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integral do

amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o

outro até a morte.´ (CIC, 2361; FC,11).



Há esposo que não se preocupa com a satisfação da esposa no ato

conjugal; e, uma vez satisfeito, vira para o lado e dorme. Muitas vezes esta

situação vai ficando insuportável para a esposa; e esta, tantas vezes, começa a

se negar ao ato sexual. Com mil desculpas começa a dizer ´hoje não, estou

cansada, tenho dor de cabeça´, etc. Já ouvi muitas mulheres dizerem que não

suportavam mais ´aquilo´... Quando esta situação se agrava, para muitos

maridos, surge a tentação de procurar a satisfação fora de casa; e aí tudo

começa a se complicar.



Portanto, marido e mulher precisam se esforçar, fazendo cada

um o que é necessário para que o casal atinja a harmonia sexual desejada e

necessária. De um lado o marido precisa se satisfazer com a própria esposa,

até mesmo para superar as tentações e seduções do mundo. De outro lado,

ele precisa ajudá´la a superar as dificuldades apresentadas acima, afim de

que a vida sexual não se torne um tormento para ela.



Especialmente no nosso mundo de hoje, cheio de sexo explícito a infernizar

a vida dos homens, a esposa não pode se negar ao ato sexual, sem razões.

Por causa disso, muitos maridos acabaram nos braços de outras mulheres.



Certa vez um esposo me disse que tinha perdido a atração sexual por

sua esposa, e estava angustiado. Perguntei´lhe se sentia atração pelas

outras mulheres. A resposta foi rápida: ´ah, sim!´ Então foi fácil dar´lhe

a receita que precisava; disse´lhe: ´deixe de olhar para as

outras mulheres, em quaisquer situações, e a atração pela sua esposa

voltará naturalmente´. Também aqui, a fidelidade conjugal é

garantia de felicidade no casamento.



Se nós homens nos policiarmos, e não nos permitirmos, de

forma alguma, olhar as outras mulheres com desejos, nem assistir

filmes pornográficos, e coisas parecidas, então, nos bastará a satisfação

legítima do

ato conjugal com nossas esposas. Infelizmente muitos maridos se

permitem entrar no mundo das fantasias perigosas e proibidas,

e depois não querem mais saber das suas esposas. Onde está o

compromisso do matrimônio? Onde está o amor à família?



Onde está a maturidade? Não se esqueça que quem brinca

com fogo acaba se queimando; e que é a ocasião que muitas

vezes faz o ladrão. Sabemos que ´aquilo que os olhos não vêem,

o coração não sente.



Vigiai e orai, porque o espírito é forte, mas a carne é fraca.



Para impedir o adultério, de fato, é preciso impedir antes o

adultério de coração. Todo aquele que lançar um olhar de cobiça

para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração´ (Mt 5,28).



Se os homens não cometessem esse pecado, não perderiam a

atração por suas próprias esposas.

O Apóstolo nos lembra a seriedade do matrimônio:

Vós todos considerai o matrimônio com respeito, e conservai

o leito conjugal imaculado, porque Deus julgará os impuros e

os adúlteros (Hb 13,4).



Gostaria aqui de dizer uma palavra aos jovens que se preparam

para o casamento. A Igreja, com a sua sabedoria divina, e com sua

bondade de mãe, nos ensina que o sexo só deve ser vivido no casamento,

porque somente alí ele é verdadeiramente um instrumento do amor e

da procriação, de maneira séria e responsável.



É claro que viver isto, é para o jovem muito difícil nos

dias atuais, onde o sexo é comercializado de inúmeras formas,

e oferecido de mil maneiras absurdas. No entanto, mais do que nunca hoje,

com a força da graça de



Deus, é preciso viver a castidade e a virgindade, pois esta será a melhor

maneira de você se preparar, como Deus quer, para o seu casamento.

Este é o grande desafio para o jovem cristão hoje. O poeta Paul Claudel

disse certa vez que: a juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio.





Um jovem que se preparou para o casamento, guardando a

castidade e a virgindade, preparou se para ser fiel ao outro no casamento.

E será abençoado por Deus, porque cumpriu a Sua santa vontade.

É hoje um desafio, um santo e heróico desafio, que Deus oferece

àqueles que forem dignos do nome de cristãos. Ainda que os amigos

não entendam, ainda que o namorado te abandone, vale a pena

guardar o seu corpo, que é templo do Espírito Santo, para viver

o sexo somente no casamento, segundo o plano de Deus.

Ninguém é mais feliz do que aquele que

faz a vontade de Deus e obedece Suas Leis.



Jovem que lê estas páginas,

se você quiser construir um belo lar, então comece a construir

você em primeiro lugar. E construir´se é, antes de tudo, dominar´se,

controlar as paixões desordenadas que guerreiam em nossos membros.

Elas podem ser dominadas com o auxílio da graça de Deus.

Mais do que ninguém, o grande Agostinho viveu isto e pôde nos ensinar

que: ´o que é impossível à natureza, é possível à graça de Deus.



Por isso, aproxime se de Deus e da sua graça. Receba regularmente

os sacramentos, reze o Rosário da Mãe da pureza, encontre se

frequentemente com Jesus na Eucaristia, pois Ele é o Remédio e o

Sustento da nossa alma. E você vencerá. Sua família será bela e seus

filhos serão felizes ao seu lado. A luta mais gloriosa que já travei na

minha vida toda foi esta: guardar a castidade até

o casamento; não foi fácil; foi preciso muita convicção, fé, orações, e até

lágrimas, mas tudo compensou. Colho hoje a alegria nos filhos.



Fora do casamento o sexo só traz problemas e misérias: doenças venéreas,

abortos, crimes sexuais, filhos abandonados, órfãos de pais vivos, mães e

pais solteiros, milhões de jovens adolescentes grávidas e sem a mínima

condição de criarem os seus filhos...O que serão dessas crianças mais

tarde? Drogados? Assassinos?





Ladrões?... Tudo pode acontecer com uma criança que é criada sem receber a

educação dos pais.



Podemos dizer, sem medo de errar, que a miséria de

nossa sociedade tem o seu fundamento na sua miséria moral.

Porque ela abandona a lei de Deus, pagando por isso um preço incomensurável.



Medite nessas palavras, e viva as:



Felizes os que temem o Senhor,

Os que andam em seus caminhos.

Poderás viver, então, do trabalho de suas mãos,

Serás feliz e terás bem estar.

Tua mulher será em teu lar

Como uma vinha fecunda.

Teus filhos em torno à tua mesa serão

Como brotos de oliveira.

Assim será abençoado aquele Que

teme o Senhor´ (Sl 127,14).



Aqueles que cumprem a Lei de Deus, são verdadeiramente felizes e

constroem famílias fortes. Vejamos o que Deus disse a

Moisés sobre a felicidade que acompanha os que vivem os

Seus mandamentos:





Se obedeceres fielmente à voz do Senhor, teu Deus, praticando

cuidadosamente todos os seus mandamentos que hoje te prescrevo,

o Senhor, teu Deus, elevar te á acima de todas as nações da terra.







Estas são as bênçãos que virão sobre ti, e te tocarão se obedeceres a

voz do Senhor, teu Deus. Serás bendito na cidade e bendito nos campos.

Será bendito o fruto de tuas

entranhas, o fruto de teu solo, o fruto de teu gado, as crias de tuas

vacas e de tuas ovelhas; benditas serão a tua cesta e a tua amassadeira.

Serás bendito quando entrares e bendito quando saires. O Senhor

expulsará diante de ti todos os inimigos que te atacarem...



O Senhor mandará que a benção esteja

contigo, em teus celeiros e em tuas obras, e te abençoará na terra

que há de dar o Senhor teu Deus. O Senhor te confirmará como um

povo consagrado a Ele, como te jurou, contanto que observes suas

ordens e andes pelos seus caminhos. (Deut. 28,1´14)



Esta é a grande felicidade que Deus promete a todos aqueles que

são fiéis aos seus ensinamentos, guardados e ensinados pela Igreja,

por mandato de Cristo.



Do livro ´ FAMÍLIA, SANTUÁRIO DA VIDA´ ´

Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Somos livres para recusar os dons de Deus

As formas de Deus agir, sempre manifestadas quando Ele se revela, são diferentes do jeito de ser da pessoa humana. O Seu projeto passa a constituir-se como proposta para o nosso proceder. As respostas que damos a Ele devem ser de forma consciente e livre.

As pessoas têm plena liberdade para atender o chamado feito pelo Senhor. Elas devem dizer um "sim" que realmente seja "sim", com autenticidade e coração livre. Muitos trocam seu "sim" pelo "não", deixando de realizar o bem como primeira proposta assumida.

Somos livres para recusar os dons de Deus, podendo até agir de forma contrária, evidenciando nosso orgulho próprio. Foi o que aconteceu com o filho que disse “sim” e acabou realizando o “não”, contrariando a vontade de seu pai.

Pelo nosso livre-arbítrio, podemos escolher fazer o bem ou o mal. Tendo feito a escolha, somos também capazes de mudar de rumo. Isso é sinal de que temos limitações e nunca estamos prontos e totalmente certos sobre o caminho que devemos percorrer.

Diante de tudo isso, o seguimento do caminho do Senhor supõe frequente revisão de vida. É um processo de conversão constante, de discernimento sobre o que seja melhor a ser realizado, e que traga consequências realmente positivas para o bem comum.

Para agir bem é preciso afastar de nós a arrogância e o egoísmo, porque eles ameaçam a convivência e criam privilégios. Com isso deixamos de ser servos. A prática da humildade faz a diferença na construção de uma comunidade fraterna e humana.

Nos caminhos do Senhor temos que evitar uma prática religiosa intimista, que tem um olhar voltado para Deus sem dar importância ao irmão com quem convivemos. É o perigo da prática vertical sem dimensão horizontal da fé, sendo ação apenas subjetiva. Assim caímos facilmente na ideologia da prosperidade, muito falada hoje, de olhar para si mesmo sem dar conta de que os caminhos do Senhor passam pela vida de comunidade. Deus quer nosso trabalho e luta para conquistarmos os bens necessários de sobrevivência.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto

terça-feira, 28 de junho de 2011

A proteção dos Anjos da Guarda

Os anjos são servidores e mensageiros de Deus, porque contemplam constantemente a face de Deus que esta nos céus.
A presença deles nas Escrituras, é muito clara, e é uma verdade de fé. Estão presente desde a criação, e ao longo de toda a Historia da Salvação, anunciando de longe ou de perto esta salvação e servindo ao desígnio divino da sua realização , como nos diz o Catecismo da Igreja (p 87)
A vida da Igreja se beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos.
Desde a infância, até a morte, a vida humana é cercada pela sua proteção e pela sua intercessão. Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida.
Os santos são testemunhos desta verdade. Em suas narrações sempre estão presentes estas Criaturas sobrenaturais, como nos narra Pe.Pio, São D.Bosco, São Martinho de Poris, e tantos outros. Emmir, Coor.Fundadora da Comunidade Católica Shalom em seu livro, “Anjos nossos de cada dia”, narra fatos concretos acontecido com ela por meio do Anjo da Guarda.
Se prestarmos atenção, como fizeram os santos, veremos coisas inacreditáveis acontecendo conosco, no dia a dia, e muitas vezes não nos damos conta que é o nosso anjo da guarda agindo. Gostaria muito de poder citar vários fatos ocorridos com pessoas que se encontraram em situações difíceis e diante delas, viram e sentiram a presença destas criaturas celestes vindo em seu auxílio. Como não é possível, cito aqui três casos, dois deles acontecido comigo.
Uma amiga, hoje ministra da Eucaristia na Igreja do Cristo Rei, de Fortaleza-CE, chamada Josefa, me contou, que uma vez foi levar Eucaristia, para uma pessoa doente.
“Eram 8h da noite, estava só, e dirigia o seu carro. No caminho foi atingida por uma fortíssima chuva, quase impedindo de dirigir. Passando por um lugar sem asfalto e um pouco deserto, o carro atolou-se. Ao seu redor não havia ninguém, só mato, e a uma certa distância uma academia. Diante dessa situação um pouco preocupante, mesmo porque trazia consigo o próprio Cristo, viu que a melhor coisa a fazer era pedir socorro e proteção ao próprio Cristo, fazendo-o assim imediatamente. Foi quando de repente sentiu que o seu carro estava sendo erguido, e olhando pelos vidros embaçados do carro, viu em cada extremidade do carro um homem, vestidos de brancos com a faixa amarrada na cintura, erguendo o carro do atolamento.
De onde surgiu esses homens? Perguntava ela. E não se continha de felicidade, pensando que talvez fossem rapazes da academia, que vendo-a teriam tido compaixão e ido ao seu socorro.
Ela pensou em agradecer essas gentis pessoas, mas não conseguia mais vê-los, pois a chuva impedia. Assim da mesma forma que apareceram, também desapareceram. E agradecendo a Deus ela seguiu o seu caminho.
Ai eu pergunto: Quem numa chuva desta ia ver de longe um carro atolado no meio do mato e ido ao encontro para ajudar?
“O Céu que envia os seus anjos.”
Pude muitas vezes observar e contemplar esses acontecimentos em minha vida, que edificou mais a minha fé nestas Criaturas.

“Um deles aconteceu comigo há uns três anos atrás quando fui chamada a encontrar urgentemente minha mãe, que estava muito mal, já a beira da morte, na cidade de Uberlândia –MG
Precisei sair de Brasília de ônibus a meia noite do dia 30 de dezembro para chegar as 5h da manhã.
Nesse dia senti que Jesus me preparava para alguma coisa que iria me acontecer, e rezando eu escutava fortemente a sua voz no interior do meu coração dizendo; “Tenha confiança, não tenha medo. Eu estou com você”
Eu me perguntava: o que vai acontecer? Será que não encontrarei mais minha mãe viva? Mas resolvi entregar tudo a Ele e viajar.
Entrando no ônibus percebi que a minha companheira de poltrona, era uma senhora bem idosa, e estava sempre rezando. No cansaço que me encontrava adormeci, acordando a poucos km de Uberlândia, com o ônibus sendo assaltado por três rapazes encapuzados.
No momento lembrei-me daquela voz que me falava através da Palavra de Deus: “Não tenha medo, confia em Mim, eu estou com você”, e me senti tranquila, mesmo diante daquele quadro assustador; enquanto a minha companheira sobriamente, rezava mais intensamente.
Eles, armados, foram mandando que jogássemos tudo o que tínhamos no corredor do ônibus, e dois iam de cadeira em cadeira verificando se tínhamos obedecido e nos ameaçando.
E por incrível que pareça, quando chegaram perto da cadeira onde me encontrava com a senhora, eles pareciam não nos ver, e seguiram.
Adiante com suas ameaças. A minha companheira estava com sua bolsa debaixo dos pés, e do jeito que estava continuou.
A mim parecia viver mais um dos filmes dramáticos de Hollywood, na certeza de que Deus estava comigo e Ele não ia deixar nada grave acontecer.
Para resumir, aqueles foram momentos curtos mas que pareceram longos deixando todas as pessoas tensas e até com um pouco de pânico. Eles carregaram tudo de todos que estavam dentro do ônibus, menos a minha bolsa e da senhora. Foi inacreditável!! E eu me perguntava: Quem é esta senhora, que de certa forma com suas orações parecia me proteger, e proteger todos os passageiros de algo pior? Depois de um ano, ouvi no noticiário que um ônibus teria sido assaltado no mesmo lugar, e jogado no precipício.
Seria meu anjo da guarda em forma humana? Poderia ter sido sim, como poderia ter sido um anjo da terra, guiado pelo nosso anjo da guarda a interceder.”
“Outro fato, foi na posse de D.Claudio em S.Paulo. Sai de Aparecida ,calculando chegar em Santo Amaro as 20 h para participar das celebrações no dia seguinte.
Mas aconteceu que calculei errado e já tarde da noite, ainda me encontrava dentro do ônibus que dirigia para este bairro.
Não sabendo direito onde descer, dei as referências ao trocador pedindo que ele me avisasse quando chegasse no local.
Aconteceu que ele esqueceu, e passou do ponto onde eu deveria descer, parando bem mais distante, em um lugar estranho, cheio de matagal, enfrente a um motel . Isto depois das 23h e no meio de uma forte neblina. Estremeci-me toda, me vendo por algum tempo cheia de pavor.

Ainda bem que a poucos metros tinha uma churrascaria ou um restaurante, não me recordo bem, com muita gente e barulho.
Entrei lá desnorteada para telefonar, mas com o barulho não consegui entender nada. Informei-me da parada do ônibus com alguém que ali estava, e me foi apontando para um jovem que estava esperando um ônibus a alguns metros do local.
Dirigir-me apressadamente para lá. Tudo me apavorava, aquela situação parecia me engolir pelo medo. Perguntei a esse jovem sobre o ônibus que eu deveria tomar, e pedia a Deus que ele não saísse dali antes de mim.
O jovem serenamente me explicou tudo como eu deveria fazer e aonde descer, e depois acrescentou: “veja, ai vem o seu ônibus, vá.” Eu mal poderia enxergar naquela neblina o ônibus que se aproximava. Senti uma alegria, uma gratidão e paz brotando no meu coração. Já não mais em mim existia aquele pavor, mesmo sabendo que poderia ainda encontrar outros desafios mais para frente.
Já quase meia noite, desci na minha parada, em meio a algumas pessoas estranhas. Estas me ajudaram emprestando o celular para eu ligar para os meus irmãos virem me pegar. Tudo terminou na paz.

Aquele jovem foi meu anjo da guarda. Rezo constantemente para ele, pedindo a sua proteção.”
Obrigada meu Anjo da Guarda
Janua Pinheiro
Missionária da Comunidade Católica Shalom em Fortaleza/CE
Retirado do Site da Comunidade Shalom

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Oração para pedir a luz do entendimento

Iluminai-me, interiormente, ó bom Jesus!
Fazei brilhar Vossa luz em meu coração e dissipai todas as trevas que o escurecem. Refreai as divagações de meu espírito e quebrantai as tentações violentas que me combatem.
Pelejai fortemente por mim, e afugentai essas feras péssimas, esses apetites que nos lisonjeiam para perder-nos, a fim de que a minha alma consiga a paz pelo Vossa força, e venha a ser um templo puro, onde se entoam à vossa glória perenes louvores.
Mandai aos ventos e às tempestades; dizei ao mar:
"Sossega-te; ao vento: não sopres; e haverá grande bonança" (Mc 4,39).
Enviai Vossa luz e Vossa verdade para que resplandeçam em minha alma, porque sou uma terra estéril e tenebrosa até que Vós me alumieis.
Derramai sobre mim as graças do céu; regai meu coração com orvalho celestial; chovam sobre esta terra árida as fecundas águas da piedade, para que produza frutos bons e saudáveis.
Levantai-me o ânimo oprimido com o peso dos pecados; transportai todos os meus desejos ao céu, para que, gostando a doçura dos bens eternos não possa sem desgosto pensar nas coisas da terra.
Arrebatai-me, desprendei-me das fugitivas consolações das criaturas, porque nenhuma coisa criada pode aquietar e satisfazer plenamente meu coração.
Uni-me a Vós pelo vínculo indissolúvel do vosso amor: porque Vós só bastais a quem vos ama, e sem Vós tudo é vaidade.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O CORPO DE DEUS e os “corpos” de Cristo

Ser dom para os outros - a Eucaristia que todos entendem...

A propósito do dia do “Corpo de Deus” que acabamos de celebrar apetece-me partilhar o significado que este dia significa para mim e os desafios que a espiritualidade deste “Mistério de Fé”, traz todos os dias à minha vida.

Não é natural em mim escrever sobre o que leio nos livros ou que investigo através de muitos meios de comunicação a que hoje temos acessos. Prefiro falar de “experiências”, dos gestos simples e práticos que uma determinada espiritualidade provoca em mim.

1- Expor-se a Deus que se expõe a nós.

De todas as festas litúrgicas, a do “Corpo de Deus” toca-me sobremaneira porque me fala do núcleo de toda a vida cristã, a Eucaristia como Sacramento de Amor e presença de Jesus Ressuscitado no meio de nós.

Na Eucaristia de cada dia, no silêncio orante e em adoração diante de um sacrário experimento a certeza de que Ele está ali, exposto a mim e me quer tocar pelo amor infinito do Seu coração e se deixarmos esta divina presença eucarística nos vai cristificando e fazendo de nós “Corpo de Cristo” para os outros. Quando reflicto na palavra de Jesus, “Eu estarei convosco até ao fim dos tempos” penso que Jesus se referia a esta presença Eucarística porque como nos lembra o Vaticano II “ela é fonte, cume, centro de toda a vida cristã…tesouro espiritual da Igreja, isto é o próprio Cristo nossa Páscoa”.

2- Eucaristia Escola de Caridade

Mas, se temos a graça de reconhecemos Cristo na fracção do Pão também Ele só nos reconhece quando partilhamos o pão com os nossos irmãos, isto é somos dom para os outros. Dar e dar-se aos irmãos sobretudo àqueles onde está mais “escondida” a presença de Jesus o “Lava-pés” não pode ser apenas um gesto litúrgico mas também uma atitude de vida “estando de joelhos” diante dos irmãos servindo e amando. Celebrar a Eucaristia, adorar Je3us Sacramentado, e não nos darmos aos outros é não ter aprendido nada deste Mistério de Fé e não proclamar a Ressurreição de Cristo com o testemunho de vida

3- Ser corpo de Cristo para outros “corpos” de Cristo

Porque este ano senti o apelo a viver esta festa no aspecto de ser eu, também, “corpo” de Cristo para os outros, a minha procissão do Corpo de Deus passou por caminhar até à casa de uma idosa com Alzheimer que vive sozinha com uma filha que, devido à doença da mãe, não pode sair de casa. Fiquei a tomar conta dela para que a filha pudesse ir á Eucaristia e à procissão onde há tantos anos já não ia. Quando chegou disse-me: “Como me senti bem na Eucaristia e na procissão”. Obrigada por me ter substituído. Senti que Jesus se tornou presente em mim com este gesto.

Fui ainda visitar uma senhora de meia-idade, que durante muitos anos se dedicou à prostituição e que hoje vive sozinha, numa casa sem condições, com 120€ de RSI e paga 75€ de renda de casa. A sua alegria por estar com ela, a sua delicadeza no trato, levou-me a “adorar” Jesus presente neste “corpo” vendido e magoado. Senti que Ele me dizia: “As meretrizes preceder-vos-ão no reino dos céus”

Na visita semanal ao Estabelecimento Prisional procurei, de modo intencional, ver o corpo de Cristo ao olhar para aqueles reclusos como, “corpos de Cristo”, reveladores de infâncias sem amor, marcados pelo sofrimento de vária ordem, que os fez fechar o coração e os punhos. Um deles disse-nos: ”Se não fosse a vossa visita semanal, a dizer-nos que Deus nos ama tal como somos, que para Ele não somos um erro, já me tinha suicidado”.

Na Eucaristia, pão partido para um mundo novo, aprendemos a deixar-nos “comer” como “corpo de Cristo”, pelos outros.

Pelo dom da nossa vida aos mais carenciados, amando, quando humanamente não há razões para amar, pelo nosso serviço, pela dádiva da vida, pela disponibilidade, pela solidariedade e sobretudo pela Caridade, aprendida na Escola da Eucaristia somos alimento para que outros vivam.

Mas atenção: Ninguém nasce sabendo amar. O amor aprende-se. E a escola do “Corpo de Deus” ensina-nos a ser pão partilhado para os “corpos de Cristo” de hoje.

Maria de Fátima Magalhães stj

ECCLESIA


quarta-feira, 22 de junho de 2011

Numa amizade não cabe mentira

Entre inúmeras maneiras de se viver uma verdadeira amizade, existe uma coisa que não devemos cultivar neste lindo outro que se chama amigo. Um amigo é um ouro de inestimável valor, este recebe esta comparação para obter um também inestimável cuidado. Amigo não se usa para nenhum fim, amigo é um outro eu que me identifico e que conheço, sei de seus gostos e desgostos, guardo seus segredos e com ele posso chorar. Amigo é lágrima conjunta e sorriso que se junta.

Amigo é um camarada que me apóia mas odeia minhas picaretagens.
Não são com artifícios mentirosos que se obtém um amigo, não é repetitivo dizer que mentira é a filha do Inimigo. Por outro lado é imensamente saboroso dizer que é pela verdade que se vive uma amizade, pois Jesus (A Verdade) escolheu ser e nos chamou de amigos. Ele nos aproximou mais de si e como um bom amigo, com sua declaração deu os Seus ombros para que pudéssemos apoiar, seja com as lágrimas ou com aquele baita sorriso que nos faz perder as forças.

No momento que um amigo usa de mentira para com o outro, mesmo com a mais bela intenção, torna-se um inimigo. Com a mentira, a distância se estabelece, afugenta o Amor Philos e mesmo que por um momento de um raio, institui-se o reino maligno. Abrindo espaço para isto, o pior acontece. Amigo não mente, diz a verdade com piedade e unção, mas não foge. Sim para sim e não quando for não, nada mais que isto.

Amigo não são atitudes de promessas vazias ou de discursos, uma amizade se vivencia, assim como Jesus. Como se sabe, Jesus não apenas disse chamei vos amigos como fez várias vezes, ele deixou mandamentos e deu a própria vida nisto.

"chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai". (Jo 15,15)

"Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos". (Jo 15,13)

Pedro quando estando com Jesus e a mesmo tempo fora de sua presença, proferiu mentiras querendo talvez agradar seu Amigo. Provou imediatamente a ira de Jesus que o advertiu.

"Pedro então começou a interpelá-lo e protestar nestes termos: Que Deus não permita isto, Senhor! Isto não te acontecerá!
Mas Jesus, voltando-se para ele, disse-lhe: Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um escândalo; teus pensamentos não são de Deus, mas dos homens!" (Mt 16, 22)
Um amigo se torna inimigo quando não age com a verdade.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Preservar a identidade da Igreja

A trajetória da Igreja através dos tempos tem sido marcada pelo sofrimento sob os mais diversos aspectos. Aliás, a Cruz estava no seu berço e a acompanha em seu caminhar pela História.

Cada época tem suas características próprias que influenciam ou atingem profundamente a Obra de Cristo, composta de homens que vivem no mundo. Dele recebe estímulos que a fazem progredir na fidelidade ao seu Fundador. No entanto, idéias em voga podem repercutir negativamente na vida eclesial. Entre elas, uma está nas raízes de muitos problemas religiosos: um falso conceito de liberdade.

A atmosfera supostamente liberal que respiramos leva a sociedade à procura da satisfação de seus desejos a qualquer preço. O supremo critério do julgamento deixa de ser a lei eterna, o mandamento de Deus, a Verdade de Cristo proclamada pela Igreja. O que impede a satisfação dos anseios de qualquer natureza deve ser afastado. Essa conceituação do comportamento humano não se restringe ao setor econômico e social. Avassalou as várias dimensões da vida, infiltrando-se perigosamente até no campo da doutrina e da moral.

Nesse clima, o fiel é inconscientemente induzido a substituir pelo próprio arbítrio o Magistério dos legítimos Pastores, que deve zelar pela integridade da Palavra revelada com a autoridade que lhe vem do Senhor (cf. “Dei Verbum”, 10) e ensina, interpreta autenticamente as normas éticas que devem reger a existência e atuação de cada um (cf. “Apostolicam Actuositatem”, 24).

Os princípios que fundamentam a nossa sociedade de consumo também conduzem às deformações no meio religioso. Destroem, no plano sobrenatural, tudo o que exige sacrifício, renúncia, abnegação.

A cultura de nossos dias, impregnada por uma tendência consumista estimula pseudo-valores, modificando radicalmente inclusive padrões de comportamento sexual. Aceitam-se relações pré-matrimoniais, aborto, práticas sexuais sem compromisso com a vida, equiparando situações homossexuais ao matrimônio, este, verdadeira fonte da vida. Há quem postule a comunhão eucarística para pessoas que, nessa matéria, não preenchem as condições requeridas. O controle artificial da natalidade encontra defensores que se auto-afirmam católicos.

Foi alterada a Lei de Deus? Não!

Questiona-se hoje a própria autoridade do Magistério. Essa situação causa profunda confusão entre os fiéis.

Erros graves que se infiltram no próprio Povo de Deus são apresentados como válida interpretação do Concílio Vaticano II, obscurecendo sua autêntica mensagem. As vozes que se levantam em nome da Verdade são por vezes abafadas. Além disso, a doutrina de Cristo contradiz a do mundo: é “a porta estreita”, o “toma tua cruz”, “quem não está comigo, está contra mim”, e tantas outras afirmações meridianas que hoje são deixadas à penumbra.

Outra deturpação muito em voga é a concepção de certas virtudes, como por exemplo, a misericórdia, o amor.

A caridade autêntica conduz à observância das determinações do Senhor e de seus legítimos ministros. O falso conceito tenta justificar as agressões aos mandamentos divinos ou aos representantes do Redentor.

O perdão é a característica do cristianismo. Mas ele é verdadeiro se precedido do arrependimento. Do alto da Cruz o pedido do Salvador teve consequências positivas em favor apenas daqueles que o acolheram, reconhecendo-se pecadores. A perene disposição de perdoar não está em contradição com medidas corretivas, aplicadas com justiça, na certeza de que assim se propiciará a transformação daquele que erra.

“Cristo põe em realce com tanta insistência a necessidade de perdoar aos outros que a Pedro, quando este lhe perguntou quantas vezes devia perdoar ao próximo, indicou o número simbólico de ‘setenta vezes sete’, querendo indicar com isso que deveria saber perdoar a todos e a cada um e todas às vezes. É óbvio que a exigência de ser tão generoso em perdoar não anula as exigências objetivas da justiça. A justiça bem entendida constitui, por assim dizer, a finalidade do perdão. Em nenhuma passagem do Evangelho o perdão, nem mesmo a misericórdia como sua fonte, significa indulgência para com o mal, o escândalo, a injúria causada, ou o ultraje feito. Em todos estes casos, a reparação do mal e do escândalo, o ressarcimento do prejuízo causado e a satisfação pela ofensa feita são a condição do perdão” (Papa João Paulo II, em sua Encíclica “Dives in Misericordia”, 97).

O que ouvimos e lemos referente à verdade cristã constitui um quadro inquietante. Se ele se configurasse fora do rebanho, nada a temer. Contudo, penetrou os umbrais dos templos. Infiltrou-se no redil. Almas boas, muitas vezes ingênuas, confundem o título ou o cargo das pessoas com a autenticidade do ensinamento das mesmas. E aí está o motivo desta advertência: nem tudo que parece ser católico, de fato o é.

Grave problema eclesial de nossos dias é preservar a identidade da Igreja. Para atingir este objetivo, comparemos o que lemos e ouvimos com as diretrizes do Santo Padre e dos organismos que agem em seu nome. Com a colegialidade episcopal, o Bispo assume, mais do que antes, a responsabilidade de preservar a doutrina contra as investidas do erro. Evidentemente, serão muitos os percalços a suportar. Quem for fiel até o fim, alcançará a coroa da glória.

D. Eugênio Card. Sales

Fonte: Veritatis

terça-feira, 14 de junho de 2011

Supremo reconhece direitos de casais do mesmo sexo

Numa decisão histórica no país, os ministros do STF  reconheceram no dia 5 de maio a união estável de casais homossexuais, que passam agora a ter os mesmos direitos civis que heterossexuais.

 Na prática, casais do mesmo sexo poderão adotar filhos, incluir parceiros como dependentes no plano de saúde, fazer declaração conjunta do Imposto de Renda, adotar o sobrenome do cônjuge e receber pensão e herança, entre outros direitos previstos na legislação brasileira. A única restrição continua sendo o casamento civil.

Com essa resolução do Supremo, o Brasil segue uma tendência em voga em outros países democráticos, inclusive na América Latina, de equiparar os direitos civis de heterossexuais aos de homossexuais.

A mudança atinge pelo menos 60 mil pessoas do mesmo sexo que vivem juntas no país, de acordo com dados do Censo 2010. O número representa 0,2% do total de cônjuges em toda a nação.

A Igreja Católica reagiu contra a decisão, pois defende a família como uma relação constituída por pessoas de sexos opostos. Entidades ligadas aos direitos homossexuais comemoraram o resultado como um avanço social e de cidadania.

A discussão dos ministros se deu em torno da interpretação do artigo 1.723 do Código Civil. O artigo diz que: "É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família."

Segundo os magistrados, o Código deve ser interpretado conforme o artigo 3º. , inciso IV, da Constituição Federal. A Carta afirma que é objetivo da República "promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação".

O que os ministros do STF fizeram foi estender os direitos previstos na legislação para casais gays em uniões estáveis. Eles devem, a partir de agora, ser reconhecidos como "entidade familiar". A decisão do Supremo foi unânime.

"Por que o homossexual não pode constituir uma família" Por força de duas questões que são abominadas pela Constituição: a intolerância e o preconceito?, disse o ministro Carlos Ayres Britto, relator do caso.

O STF foi provocado por duas ações distintas, uma proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e outra pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB).

Casamento

Antes do pronunciamento do Supremo, homossexuais tinham que entrar com ações na Justiça para terem seus direitos civis reconhecidos como casais. Ficavam, dessa forma, sujeitos ao entendimento do juiz da comarca.

Hoje, se um casal gay recorrer à Justiça, provavelmente irá ganhar a causa. Isso porque a decisão do Supremo foi vinculante, o que significa que os juízes de instâncias inferiores deverão seguir o que os ministros deliberaram sobre o assunto.

No entanto, para que a concessão dos benefícios seja automática, será preciso que o Congresso vote leis específicas. É o caso da adoção de crianças, por exemplo, que pode ser mais difícil de conseguir, pois não houve uma definição sobre este tema no julgamento do STF.

O casamento civil será outro desafio: nenhum cartório é obrigado a casar pessoas do mesmo sexo. E, mesmo que o casal entre com um processo civil, a determinação da Corte pode não se aplicar neste caso. O motivo é que os magistrados reconheceram a união estável (convivência entre duas pessoas sem registro jurídico), não o casamento civil.

Na Câmara dos Deputados em Brasília tramitam oito projetos de lei relacionados à união homossexual, entre eles a regularização do casamento civil. Em geral, esses projetos ficam anos parados, porque o tema é polêmico e os políticos temem contrariar seu eleitorado. Um exemplo é o Projeto de Lei Complementar (PLC) 122, de criminalização da homofobia, que tramita há anos no Legislativo.

O julgamento do Supremo, porém, deve abrir caminho para a votação desses projetos de lei, ao mesmo tempo em que dificultará a aprovação de outros, restritivos aos direitos dos homossexuais. Mesmo que uma lei que vete a adoção de filhos por gays seja aprovada no Congresso, por exemplo, seria hoje considerada inconstitucional.

Argentina

Em julho do ano passado, a presidente argentina Cristina Kirchner promulgou uma lei que permite o casamento de homossexuais. A Argentina foi o primeiro país na América Latina (o segundo no continente depois do Canadá) e o décimo no mundo a legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo.

Outros nove países possuem leis específicas sobre casamento homossexual válidas para todo território nacional: Holanda, Espanha, Bélgica, África do Sul, Canadá, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia.

Na América do Sul, países como o Uruguai e Colômbia somente autorizam as uniões civis de casais gays, sem reconhecer direitos e deveres jurídicos. Nos Estados Unidos, seis estados permitem o casamento homossexual: Massachusetts, Connecticut, Iowa,Vermont, New Hampshire e Washington. A Cidade do México também aprovou uma lei semelhante em 2010.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Criatividade e consciência no uso da Internet

        Com o tema ‘Verdade, anúncio e autenticidade de vida na era digital’, celebra-se domingo, 5 de junho, o 45.º Dia Mundial das Comunicações Sociais.
       Todas as dioceses do Brasil receberam da Conferência Episcopal um livreto com a Mensagem de Bento XVI para a data; uma reflexão do presidente da Comissão Episcopal para a Educação, Cultura e Comunicação Social da Conferência dos Bispos, Dom Orani João Tempesta; e uma reflexão da jornalista e doutora em comunicação social, a paulina Irmã Joana Puntel, sobre o tema; além de algumas sugestões para a celebração e a animação do DMC.
       Para a assessora do Setor de Comunicação Social da CNBB, Irmã Elide Fogolari, “a Igreja precisa fazer da comunicação um meio para que a boa nova de Jesus Cristo chegue a todas as pessoas. O Papa Paulo VI já dizia que se nós não conseguimos compreender a comunicação, fica difícil chegar a todas as pessoas; e vamos nos sentir culpados se a Igreja não usar dos meios de comunicação para a evangelização”.
        Em sua mensagem, o papa convida os cristãos a estarem presentes “com criatividade consciente e responsável” na Internet e nas redes sociais, afirmando que estas se tornaram “parte integrante da vida humana”.
       “Tal como a revolução industrial produziu uma mudança profunda na sociedade através das novidades inseridas no ciclo de produção e na vida dos trabalhadores, também hoje a profunda transformação operada no campo das comunicações guia o fluxo de grandes mudanças culturais e sociais” - assinala Bento XVI.
        O Dia Mundial das Comunicações Sociais é a única celebração do gênero decidida pelo Concílio Vaticano II (Decreto “Inter Mirifica”, de 1963), e é celebrado na maioria dos países no domingo que antecede a solenidade de Pentecostes.
Fonte: Rádio Vaticano

Você sabe o que é o Pentecostes?

        No próximo dia 12 de junho, a Igreja celebra a festa de Pentecostes, dia em que os apóstolos de Jesus recebem o Espírito Santo.
       Cinqüenta dias após a Páscoa do Cristo, Jerusalém viveu uma grande manifestação de Deus sobre os homens na terra. Eis que os discípulos de Jesus estavam reunidos à espera da vinda do Seu Santo Espírito como Ele próprio havia dito ao batizá-los.
      “E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At2 2-4)
       Podemos encontrar no livro do Pe. Raniero Cantalamessa Espírito Santo – Vem e Renova a Terra/Ed. Paulinas Pág. 8: “Dizia são Basílio: o Espírito Santo está com Jesus no seu nascimento. Em seguida, no Batismo junto ao Jordão. É o seu companheiro inseparável. Jesus não faz nada sem o Espírito”.
      Assim como Jesus não faz nada sem o Espírito Santo, nós também não fazemos. Ou melhor, se fazemos alguma obra é porque o próprio Deus nos permitiu que o Seu Espírito nos conduzisse com graça e poder nos dando a possibilidade de realizar ações em Seu nome.
     Pentecostes não é apenas um fato histórico dentro da Igreja que devemos somente olhar e apreciar, mas sim  aos homens e Ele nos dá de graça.
      Se você quiser fazer uma experiência com o Espírito Santo diga a Ele algumas palavras...
Senhor,
eu quero viver uma experiência
com o Teu Santo Espírito
E te peço agora:
Vem Espírito Santo,
Vem sobre mim, sobre a minha família,
Vem habitar em meu coração, na minha vida
Com teu fogo abrasador
Que desce dos Céus
Para confortar a minha alma

FONTE: Portal Católico

(JUNHO) Mês de rezar pelos Sacerdotes

A intenção indicada por Bento XVI ao Apostolado da Oração para o mês de junho é: “Para que os sacerdotes, unidos ao Coração de Cristo, sejam sempre verdadeiras testemunhas do amor solícito e misericordioso de Deus”.

O Apostolado da Oração é uma associação formada por quase 50 milhões de pessoas nos cinco continentes. A organização é composta por leigos católicos com a finalidade da santificação pessoal e a evangelização, sempre através da oração e da oferta das atividades diárias . Surgiu num colégio da Companhia de Jesus na França e difundiu-se em todo o mundo. Atua na evangelização das famílias e tem uma devoção especial ao Sagrado Coração de Jesus.

Junho é tradicionalmente o mês dedicado pela Igreja ao Sagrado Coração de Jesus.

Além da intenção geral, Bento XVI propõe também uma intenção missionária: “Para que o Espírito Santo faça ressurgir em nossas comunidades numerosas vocações missionárias, dispostas a consagrar-se plenamente a difundir o Reino de Deus”.

Fonte: Rádio Vaticano

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Namoro Santo. É possível?

‘É possível namorar sem desagradar a Deus? Ou seria melhor inventar outra forma de relacionamento?” A Bíblia (que deve ser nosso livro de princípios, nossa regra de fé e prática) não fala nada específico sobre o namoro. Não existe nela o termo ‘namorar’. Mas há alguns casos que revelam esse tipo de relacionamento antes do casamento. É o caso de Jacó e Raquel - ele a amou logo de cara e se dispôs a trabalhar para seu pai durante sete anos para tê-la como esposa (Gênesis 29). Aí temos um dos primeiros significados do namoro: é um tempo de dedicação e compromisso. Já imaginou ter que trabalhar de graça para conseguir uma namorada? É preciso muito amor mesmo! O que nem sempre acontece hoje em dia…
Hoje, quase ninguém quer saber do fator ‘amor’ entre o casal, principalmente no namoro. Ele acabou ficando em segundo plano. Primeiro vem a atração, depois a paixão. E é aí que está o problema: atração e paixão são vontades da nossa carne, não são sentimentos. E quando satisfazemos à carne… é problema na certa. Duvida? Pois vamos aos fatos: O ‘ficar’ Ficar, ou sair por aí com alguém como se fosse namorado sem o ser, virou moda. ‘Vamos beijar, beije todos os que estiverem ao seu lado’, falou certa vez a cantora Ivete Sangalo em dos seus shows na praia de Florianópolis. E não era de ‘ósculo santo’ que ela estava falando! ‘Namorar só depois de conhecer bem a pessoa’, me disse uma amiga. Só que o ‘conhecer bem’ incluía a relação a sexual - dos beijos ao ato em si. A mídia reforça a idéia: ‘o que você acha de transar antes de namorar?’ era a pergunta num programa na televisão. E o pior: as respostas eram ‘normal’, ‘depende do cara’, ‘legal’… Agora reflita: há compromisso e dedicação quando ‘ficamos’? Não. Há amor verdadeiro? Também não, no máximo atração ou paixão. É só para satisfazer um desejo da carne. E qual o problema nisso? Nosso Deus é um Deus que se agrada de compromissos. E se você não consegue fazer isso com quem está ao seu alcance, imagine com Ele. As conseqüências dessa falta de compromisso.
A família é um projeto do coração de Deus, e o diabo quer destruí-la. Logo, namoro sem compromisso leva a casamentos desfeitos e relacionamentos também sem compromisso. Adolescente que fica hoje, não vai querer casar amanhã, só ‘morar junto’ - livre de compromisso perante a lei e perante Deus. Esse é o plano de Satanás. Ficar é só para satisfazer a um desejo momentâneo, e ‘os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.’ (Gálatas 5:24) Tenho compromisso. E agora? Talvez você não esteja ‘ficando’, mas decidiu namorar alguém. E esta é a palavra: decisão. Amar alguém também faz parte de uma decisão. Ben Wong, disse que para um casamento ser duradouro é preciso que o casal tenha em mente que decidiu amar àquela outra pessoa pelo resto de sua vida. Se você decidiu assim, não vai dar lugar para os famosos pensamentos do tipo ‘o amor entre nós acabou’. E é claro, vai fazer de tudo para cultivar esse amor com gestos e atitudes. No namoro, a decisão não é menos importante. Principalmente se você tiver em mente ‘o que é o namoro’. Esse tempo de compromisso e dedicação é, na verdade, um privilégio. É o tempo que temos para conhecer a outra pessoa. Já se foi (ainda bem!) aquela época em que os pais escolhiam os cônjuges de seus filhos de acordo com seus interesses financeiros, sem que o casal ao menos se conhecesse. Agora, a decisão é de cada um. Mas se você decide namorar, é porque decide ‘conhecer’ alguém, e com um objetivo. Conhecer alguém significa saber de seus defeitos e qualidades. Saber o que o deixa feliz e o que o entristece. Saber seus gostos e preferências. Saber qual sua personalidade e saber se é bom ou mau caráter. Saber o que está por trás da ‘casca’ que, aparentemente, agradou! Será que a fruta é boa mesmo? Depois disso vem o noivado. É uma segunda etapa do namoro. É a época de fazer planos, sonhar mais alto, projetar um casamento, a construção de uma nova família. E então, finalmente vem o casamento: o objetivo final do namoro. A consumação de um relacionamento de amor. Uma decisão, e das mais importantes. Pratique o namoro santo! Doze características de um relacionamento que tem, como prioridade, a busca de santidade e da vontade do Senhor: Antes de namorar, sejam amigos. A amizade é fundamental para um relacionamento dar certo. Permaneçam ’só amigos’ o máximo de tempo possível! Busquem orientação de Deus antes e durante o namoro. Se vocês não têm vergonha de beijar um ao outro, então porque ter vergonha de orar juntos? Estabeleçam alvos conjuntos. Façam do namoro o primeiro passo para um casamento. Nem sempre o namoro vai acabar num altar, mas esse deve ser o objetivo principal. Só comece a namorar com essa intenção, nunca para se divertir ou como passatempo.
Não façam do namoro ou um do outro prioridade. Enquanto vocês não são casados continuam debaixo do cuidado dos pais, autoridades colocadas por Deus sobre suas vidas. A suas famílias devem ser prioritárias. A aprovação deles em tudo o que fizerem é imprescindível. Lembrem-se do mandamento: ‘Honra a teu pai e tua mãe…’ e Deus lhes mostrará que é fiel! Não se isolem. Muita gente, após um namoro desfeito, descobre que não tem mais amigos. Eles foram sumindo aos poucos, enquanto o namoro era autocentralizado. Não se sintam ‘dono do outro’. O namoro é apenas uma fase de conhecimento do parceiro (a), não significa que você tem posse sobre ele (a). Não se impeçam de, as vezes, saírem sozinhos (a) ou com a turma; Não dêem lugar ao diabo (Efésios 4:27). Não fiquem sozinhos em casa, não namorem no escuro. Não façam aquilo que virá a despertar desejos mais íntimos ou sexuais. Só façam um com o outro aquilo que não teriam vergonha de fazer na frente dos outros.
Aproveitem esse tempo para conversar e abrir seus corações. Mas se vocês não são adeptos da corte (ver artigo ‘Namoro ou corte’), pelo menos coloquem beijos e abraços em segundo plano e sempre com moderação; Aprendam a demonstrar carinho com respeito. Palavras doces, pequenas surpresas e programas agradáveis a sós podem revelar seu amor pelo outro sem que suas convicções se choquem. Busquem o máximo de intimidade visando o conhecimento mútuo sem que seja necessário defraudação do corpo do outro. Intimidade também significa familiaridade. Duas pessoas íntimas se dedicam particular afeição. Façam com que a paz de Deus seja o árbitro. Namoro turbulento e cheio de neuroses não esta com nada. Não dêem ouvidos para que os outros falam, ou o que a sociedade vem impondo sobre namoros ‘modernos’. Lembrem-se que estamos no mundo, mas não pertencemos a ele. Não se acomodem, não se conformem com o que está errado. Sejam firmes. E sejam felizes! ‘E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.’ (Romanos 12:2)
Fonte: Oxigênio

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Beadificação de Irmã Dulce


Irmã Dulce, que ao nascer recebeu o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, era filha do dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes.

Aos 13 anos, depois de visitar áreas carentes, acompanhada por uma tia, ela começou a manifestar o desejo de se dedicar à vida religiosa.

Com o consentimento da família e o apoio da irmã Dulcinha, foi transformando a casa da família num centro de atendimento a pessoas necessitadas.

Em 8 de fevereiro de 1933, logo após se formar professora, Maria Rita entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Em 15 de agosto de 1934, aos 20 anos de idade, foi ordenada freira, recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.

Sua primeira missão como freira foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação, na Cidade Baixa, em Salvador, região onde também dava assistência às comunidades pobres e onde viria a concentrar as principais atividades das Obras Sociais Irmã Dulce.

Em 1936, ela fundou a União Operária São Francisco. No ano seguinte, junto com Frei Hildebrando Kruthaup, abriu o Círculo Operário da Bahia, mantido com a arrecadação de três cinemas que ambos haviam construído através de doações. Em maio de 1939, irmã Dulce inaugurou o Colégio Santo Antônio, voltado para os operários e seus filhos.

No mesmo ano, por necessidade, Irmã Dulce invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar doentes que recolhia nas ruas. Mas foi expulsa do lugar e teve que peregrinar durante uma década, instalando os doentes em vários lugares, até transformar em albergue o galinheiro do Convento Santo Antônio, que mais tarde deu origem ao Hospital Santo Antônio, centro de um complexo médico, social e educacional que continua atendendo aos pobres.

Considerada um "Anjo bom" pelo povo baiano, recebeu também o apoio de pessoas de outros estados brasileiros e de personalidades internacionais. Mesmo com a saúde frágil, ela construiu e manteve uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país.

Em 1988, irmã Dulce foi indicada pelo então presidente José Sarney, com o apoio da rainha Silvia da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz. Oito anos antes, no dia 7 de julho de 1980, Irmã Dulce ouviu do Papa João Paulo 2o, na sua primeira visita ao país, o incentivo para prosseguir com a sua obra.

Os dois voltariam a se encontrar em 20 de outubro de 1991, na segunda visita do Papa ao Brasil, quando João Paulo 2o fez questão de ir ao Convento Santo Antônio visitar Irmã Dulce, já bastante enferma. Cinco meses depois, no dia 13 de março de 1992, Irmã Dulce morreu, pouco antes de completar 78 anos. No ano 2000 foi distinguida pelo papa João Paulo 2o com o título de Serva de Deus. O processo de beatificação de irmã Dulce está tramitando na Congregação das Causas dos Santos do Vaticano. 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Como é Grande o Meu Amor Por Você

Eu tenho tanto pra lhe falar
Mas com palavras não sei dizer
Como é grande o meu amor por você
(FLÁVIA TEIXEIRA CARVALHO)
E não há nada pra comparar
Para poder lhe explicar
Como é grande o meu amor por você
(FLÁVIA TEIXEIRA CARVALHO)
Nem mesmo o céu nem as estrelas
Nem mesmo o mar e o infinito
Não é maior que o meu amor
Nem mais bonito
Me desespero a procurar
Alguma forma de lhe falar
Como é grande o meu amor por você
(FLÁVIA TEIXAIRA CARVALHO)
Nunca se esqueça, nem um segundo
Que eu tenho o amor maior do mundo
Como é grande o meu amor por você
(FLÁVIA TEIXEIRA CARVALHO)
Mas como é grande o meu amor por você MEU AMOR...

Feliz Aniversário

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Evangelizar é preciso


Talvez você acredite que evangelizar não seja preciso, mas hoje eu digo para você caro leitor, que evangelizar é sim muito necessário, afinal de contas você é um escolhido de Deus por conhecer a verdade, então compartilhe de Jesus para seus amigos, familiares e colegas. Logo a seguir você verá um vídeo que sem dúvidas vai mudar a sua vida, e não digo isso por que simplesmente acho esta frase bonita, mas sim porque ela também mudou meu modo de pensar.

Este vídeo é muito misterioso; ele fala de uma certa carta que foi enviada para um homem ainda aqui na terra do inferno de seu melhor amigo. Sabemos que é impossível acontecer que alguém do inferno nos envie uma carta, mas que os acontecimentos citados ocorrem em diversas em diversas vidas, isso podemos afirmar sem dúvida alguma. Assista e perceba a importância que a evangelização possui!

Talvez você acredite que evangelizar não seja preciso, mas hoje eu digo para você caro leitor, que evangelizar é sim muito necessário, afinal de contas você é um escolhido de Deus por conhecer a verdade, então compartilhe de Jesus para seus amigos, familiares e colegas. Logo a seguir você verá um vídeo que sem dúvidas vai mudar a sua vida, e não digo isso por que simplesmente acho esta frase bonita, mas sim porque ela também mudou meu modo de pensar.

Este vídeo é muito misterioso; ele fala de uma certa carta que foi enviada para um homem ainda aqui na terra do inferno de seu melhor amigo. Sabemos que é impossível acontecer que alguém do inferno nos envie uma carta, mas que os acontecimentos citados ocorrem em diversas em diversas vidas, isso podemos afirmar sem dúvida alguma. Assista e perceba a importância que a evangelização possui!